Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
AGROPECUÁRIA

Projeto da Adepará de prevenção e combate à monilíase é aprovado pelo Funcacau

A intenção é sensibilizar os produtores e a população sobre a praga e as perdas econômicas geradas pela doença, que afeta principalmente o cacau e o cupuaçu

Por Rosa Cardoso (ADEPARÁ)
10/07/2023 15h19

Foto: DivulgaçãoEm agosto deste ano, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) vai iniciar um importante projeto de educação fitossanitária voltado para a erradicação do foco da Monilíase, um fungo com grande poder de disseminação que ataca o cacau e o cupuaçu nos Estados do Acre e do Amazonas, com o objetivo de impedir, a introdução da praga no território paraense.

O projeto foi aprovado pelo Conselho Gestor do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará (Funcacau), do qual fazem parte além da Agência de Defesa, representantes da Ceplac, Sedap, Emater e demais setores da agricultura.

Foto: DivulgaçãoAs ações preventivas de educação sanitária funcionarão como apoio às atividades desenvolvidas pelas Agências de Defesa dos estados vizinhos, com a intenção de sensibilizar os produtores e a população sobre a praga, as perdas econômicas geradas pela doença, as medidas de prevenção que devem ser tomadas e a notificação imediata aos órgãos de defesa vegetal de qualquer suspeita de ocorrência da praga nas lavouras cacaueiras do Pará.

Rafel Haber, gerente de defes e inspeção vegetal da Adepará copiarRafel Haber, gerente de defes e inspeção vegetal da Adepará copiarFoto: Divulgação“Esse projeto é importantíssimo porque essa praga que já está presente no Brasil, no Acre e no Amazonas pode chegar ao Pará, causando um grande prejuízo para toda a cadeia produtiva do cacau no Estado”, alerta o Fiscal Estadual Agropecuário Rafael Haber, gerente da Gerência de Defesa e Inspeção Vegetal da Adepará.

De acordo com o engenheiro agrônomo, a Agência vai apoiar as ações de educação sanitária no Amazonas e no Acre para evitar a disseminação do fungo através de frutos infectados transportados pelo homem. “Com essas ações nós vamos sensibilizar a população para não trazer hospedeiros, nem frutos nem plantas que possam trazer a praga para o Estado e, com isso, estaremos protegendo a cacauicultura paraense. Nós vamos atuar em palestras, cursos, reuniões técnicas e treinamento de multiplicadores”, informou.

Foto: DivulgaçãoO “Projeto Educativo de Prevenção e Combate à Praga Moniliophthora roreri” iniciará em agosto deste ano e se prolongará até dezembro de 2024. As ações previstas incluem capcacitação de técnicos, educação fitossanitária em escolas de ensino básico, visitas a comunidades rurais, ações conjuntas de trânsito agropecuário, eventos e campanhas nos meios de comunicação. Todo projeto será custeado com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará (Funcacau). 

O projeto surgiu após a ocorrência de focos da Monilíase na região Norte do Brasil (Alto Juruá-AC e Alto Solimões-AM) em municípios que realizam intenso comércio com o Pará e onde existe o frequente fluxo de pessoas em trânsito para esse Estado. A justificativa para a realização das ações é a adoção de ações de Educação Fitossanitária que possam conter a monilíase do cacaueiro nos municípios de Mâncio Lima e Cruzeiro do Sul/Acre, Tabatinga e Benjamin Constant/AM, bem como impedir a introdução da praga no Pará.

De acordo com a Agência de Defesa, as ações serão distribuídas entre os três estados da região Norte como apoio às atividades que são desenvolvidas pelas Agências de Defesa dos estados parceiros. 

Foto: DivulgaçãoNo Acre, as ações de educação fitossanitária terão como foco principal a informação, sensibilização e conscientização da população para evitar o transporte de frutos hospedeiros como cupuaçu, cacau, cacauí, cupuí, macambo e herrania das áreas contaminadas para áreas sem registro de ocorrência; notificação aos órgãos de defesa sobre a ocorrência de frutos suspeitos de doença; promoção de poda de árvores; cumprimento das legislações de controle da praga nos municípios com ocorrência e manutenção das demais unidades da federação livres da praga.

No Amazonas, o projeto terá como foco principal a confecção de material educativo para ser distribuído durante as ações de controle com objetivo de informar, sensibilizar e conscientizar a população local.

No Pará, a Adepará vai priorizar as ações de educação fitossanitária nos principais municípios produtores de cacau e cupuaçu, e nas regiões localizadas ao longo das principais rotas de risco de entrada da praga no Estado, que foram mapeadas pela Agência num grande esforço realizado pela Gerência de Pragas Quarentenárias e de Importância Econômica. 

As medidas visam informar a sociedade dos prejuízos causados pela monilíase do cacaueiro e para as formas de prevenção. As ações serão realizadas em comércios, feiras, escolas, associações de produtores, entre outros. Também serão realizadas alertas sobre a monilíase do cacaueiro em aeroportos, portos e rodoviárias com intuito de orientar os passageiros a não transportarem como bagagens material botânico provenientes de países ou de regiões do Brasil de ocorrência da doença.