Regional do Baixo Amazonas debate humanização no atendimento oncológico
Unidade destaca a importância da valorização do paciente e da ponderação minuciosa da validade de todos os procedimentos diagnósticos e terapêuticos
Mesmo com os avanços da medicina e o aumento das taxas de cura, muitos pacientes que recebem o diagnóstico de câncer carregam estigma, mitos e medos ao associar a doença somente a dor, sofrimento e morte. Os impactos desses aspectos emocionais são trabalhados com ações de humanização no Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA).
O tema foi abordado em reunião entre a direção da unidade e a coordenadora do grupo Mulheres Vitoriosas, que atua dando assistência a pacientes e familiares em tratamento.
De acordo com o diretor-geral do hospital, Rodrigo Vieira, o serviço de oncologia do HRBA adota princípios da humanização, que é a identificação do paciente pelo nome e não pelo diagnóstico ou leito, empatia na compreensão dos problemas e a visão de quem está recebendo o atendimento.
Ele enfatiza ainda sobre atuação em conjunto da equipe para flexibilização de rotinas, valorizando os desejos do paciente; a ponderação minuciosa da validade de todos os procedimentos diagnósticos e terapêuticos numa situação onde o objetivo é uma melhor qualidade de vida.
“O nosso convite em trazer o grupo “Mulheres Vitoriosas” foi porque sabemos que são pacientes e que querem o melhor para o HRBA tanto quanto nós. O nosso comprometimento com elas foi de implantar cada vez mais melhorias e ficamos felizes que de modo geral o feedback foi positivo em relação ao atendimento”, enfatizou.
Durante a programação, Ralieny Pereira, Adriana Freire, Benilza Miranda, Belcilene Azevedo e Jocinete de Sousa, apresentaram uma lista de pautas, que foram ouvidas pela equipe multidisciplinar para uma atuação resolutiva. Elas representam o grupo “Mulheres Vitoriosas”. Esse é o segundo encontro do grupo com os gestores; a reunião passará a ser mensal.
“Nós saímos bem satisfeitas dessa reunião, pois nós consideramos extremamente importante quando o hospital chama o paciente para falar sobre o atendimento que precisamos, sobre as demandas que devem ter respostas e quem conhecem bem isso, é quem é usuário do HRBA, como nós somos. Então essa ação foi superpositiva”, disse Ralieny.
Diálogo
Benilza Miranda, paciente oncológica e da coordenação do grupo, disse que a troca de experiência com os profissionais é fundamental. “Nessas reuniões conseguimos nos aproximar e fazer uma troca de informações. Nós costumamos dizer que o HRBA é a nossa segunda casa. Nós temos muitas demandas sobre agendamentos, tratamento de reconstrução mamária, por exemplo, e os gestores nos trouxeram algumas informações importantes. Estamos felizes com a receptividade”, finalizou.
O grupo atua com cerca de 200 pacientes. Para os próximos meses, o setor de humanização vai receber de forma colaborativa o voluntariado delas em ações dentro do Hospital.
Serviço – O HRBA pertence ao Governo do Estado e é administrado pelo Instituto Social Mais Saúde. A unidade é referência em Oncologia para 1,4 milhão de pessoas residentes em 30 municípios do oeste do estado. De janeiro a junho, deste ano, foram realizadas 4.116 quimioterapia no geral, média de 686 atendimentos mensais.
O hospital também oferta exames como Mamografia, Ultrassonografia e Ressonância Magnética.
Texto da Ascom HRBA
