Fórum Brasileiro de Segurança discute combate aos crimes ambientais e proteção aos povos indígenas
Os debates foram conduzidos por representantes do segmento das seguranças públicas federal e estadual, e pesquisadores das áreas pertinentes aos temas
Na manhã desta quinta-feira, 22, ocorreu mais um ciclo de palestras e debates no 17º Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, realizado no Hangar - Convenções e Feiras. Dentre os círculos de discussões, foi dado destaque às implicações territoriais sobre os povos da floresta, preservação do meio ambiente e as organizações criminosas. Os debates foram conduzidos por representantes do segmento das seguranças públicas federal e estadual, e pesquisadores das áreas pertinentes aos temas.
O secretário adjunto de Inteligência e Análise Criminal, delegado André Costa, destacou a importância do Fórum em nossa região e pontuou as atividades desenvolvidas pelo Estado para coibir as práticas criminosas contra o meio ambiente, aos grupos vulneráveis e a integração das forças de segurança que fortalecem as ações do Sistema.
“Um encontro como esse, na nossa região, é de uma importância muito grande, justamente para que possamos apresentar para o meio acadêmico, da pesquisa, para os colegas de outras instituições, inclusive de fora do país, aquilo que o Governo do Estado vem implementando nas políticas públicas, principalmente no combate ao crime organizado, aos crimes ambientais, e à proteção da população indígena, e à população quilombola. Aquela população mais frágil, em vulnerabilidade, também tem atenção dedicada pelo Governo do Estado com relação às ações governamentais de prevenção e repressão qualificada através, não somente do investimento na segurança pública, mas também na integração das forças públicas de segurança ", ressaltou André Costa.
O delegado, ressaltou ainda, sobre o Pará ter sido escolhido para sediar o Fórum de Segurança, não apenas pelos aspectos ligados ao meio ambiente, mas também pelos resultados contínuos dos indicadores de redução da criminalidade.
“O evento ser aqui no Pará demonstra como o Estado está em evidência, não só no aspecto ambiental, mas principalmente por ser um dos Estados que continuou reduzindo a criminalidade desde 2018, ou seja, desde 2019, o Pará continua reduzindo, a cada ano, os principais indicadores de criminalidade, principalmente os crimes violentos intencionais contra a vida, como latrocínio, homicídio e lesão corporal seguida de morte”, avaliou o titular da secretaria adjunta de Inteligência e Análise Criminal.
Para o representante do Ministério dos Povos Indígenas, o encontro proporciona a troca de ideias entre profissionais de diversos segmentos para debater ações e políticas públicas em prol da população das florestas bem como nas estratégias que resguardam a sua segurança.
“O Fórum de Segurança vai justamente ao encontro do que o Ministério dos Povos Indígenas propõe, que é essa troca de ideias e junção de conhecimentos de todas as áreas. É bom que aqui nós temos a sociedade civil, que é nossa intenção ouvi-los, temos também autoridades ambientais e de segurança, o que nos aproxima das realidades para que os assuntos possam ser tratados com integridade. Aqui podemos construir soluções de cunho mais preventivos, do que repressivos, para resguardar os território indígenas, bem como contar com o apoio do Estado para que esses espaços possam ser protegidos, mediante política de combate aos crimes ambientais e contra as populações das florestas”, falou Paulo Teixeira.
Combate aos crimes ambientais - Por meio de um decreto governamental foram estabelecidas ações de segurança contínua em três regiões do Estado do Pará, a fim de combater os crimes ambientais e a preservação da floresta amazônica situada em território paraense. A Operação Curupira, coordenada pelas secretarias de Segurança Pública e do Meio Ambiente, atua para garantir a presença contínua nas ações de curto, médio e longo prazo, em três regiões do Estado do Pará, a fim de combater os crimes ambientais e garantir a preservação da floresta amazônica situada no território paraense. A Operação foi articulada por meio de decreto governamental que visa a preservação do meio ambiente e a desarticulação de ações criminosas contra a Amazônia.