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VIGILÂNCIA FITOSSANITÁRIA

Adepará promove operação no nordeste estadual para proteger polo de cítricos

Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) levou as ações preventivas para os municípios de Irituia, Capitão Poço, Ourém e Garrafão do Norte

Por Ivana Barreto (EMATER)
20/06/2023 14h39

Com o intuito de assegurar a proteção e a sanidade das plantações de frutas cítricas do Pará e evitar a introdução de pragas, fiscais estaduais agropecuários da Regional de Capitão Poço, da Adepará, reforçaram as ações preventivas nos municípios que compõe o Polo Cítrico, no nordeste estadual. O trabalho quer manter o status de área livre de Cancro Cítrico. A operação da Agência de Defesa Agropecuária iniciou, na última semana, e foi encerrada na segunda-feira (19), em Irituia, Capitão Poço, Ourém e Garrafão do Norte.

A operação incluiu fiscalização no trânsito, visando identificar produtos vegetais clandestinos e educação sanitária, com orientações para a população sobre o Cancro Cítrico, que é uma praga e ataca todas as variedade e espécies de citros, sendo uma das doenças mais graves da citricultura brasileira, causando sérios prejuízos econômicos aos produtores.

“A Vigilância do trânsito de produtos de origem vegetal é um dos alicerces da Defesa fitossanitária e as ações que ocorrem nos Postos Fiscalização Agropecuária de Irituia e Ourém, assim como nas barreiras realizadas pela Fiscalizações Volantes nas Rodovias do entorno da área do Polo Citrícola do Nordeste paraense,  contribuem para a manutenção do status sanitário de área livre do cancro cítrico e para a garantia do acesso a mercados exteriores”, ressaltou a Diretora de Defesa e Inspeção Vegetal Lucionila Pimentel.

Durante as fiscalizações no trânsito, 11 autos de infração foram lavrados pelos fiscais por flagrarem produtos vegetais sendo transportados sem documentação sanitária. 

Nesta segunda-feira (19), último dia de operação preventiva, os Fiscais visitaram comerciantes de citros, propriedades de unidades de consolidação para orientarem sobre os procedimentos de regularização junto a Agência de Defesa para obtenção de Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC).

“Estamos fortalecendo e intensificado as ações de fiscalização de frutos nas regiões e municípios próximos aos Polos Citrícolas do Estado, não podemos permitir o ingresso de frutos e/ou mudas contaminados nessas áreas, assegurando a produção local e garantindo a manutenção do mercado internacional a produção paraense”, enfatizou o Diretor Geral Jamir Macedo. 

As constantes fiscalizações da Agência de Defesa, além de evitar que esta praga entre no Estado, coíbe a comercialização de frutas cítricas e material de propagação vegetativa procedentes de Estados com ocorrência de pragas.  

DEFESA FITOSSANITÁRIA

O Pará foi o primeiro Estado brasileiro a receber o status sanitário de Área Livre de Cancro Cítrico, e o Governo Estadual criou assim, dois Polos Citrícolas, um na região Nordeste, área das últimas ações preventivas da ADEPARÁ, e outra na região oeste do Estado, gerando emprego e renda para centenas de produtores. Os municípios de Capitão Poço e Monte Alegre são os maiores produtores no Estado de laranja e limão.

Nessas áreas, a Agência de Defesa concentra esforços para garantir a sanidade dos frutos e a qualidade de vida das famílias que os produzem e exportam para outros Estados do país e para União Europeia. E uma das grandes preocupações da Agência é evitar a entrada do Cancro Cítrico e também de outras duas pragas: Greening e Pinta Preta,  que são consideradas ameaças constantes aos polos, o que causaria grandes prejuízos para os produtores, principalmente, que têm o comércio das frutas como principal renda.

Para proteger os polos citrícolas foram instalados postos de fiscalização, que atuam como barreiras sanitárias, nos municípios de Irituia e Ourém. Eles têm a missão de garantir a sanidade das frutas cítricas, por meio da inspeção fitossanitária, procedimentos de desinfestação e fiscalização da documentação exigida para o trânsito de vegetais do gênero Citrus, oriundos de outros estados e municípios. 

É importante ressaltar a importância do trabalho da Defesa Fitossanitária, vinculada a manutenção das conformidades e das normas internacionais de medidas fitossanitárias para a cadeia citrícola paraense, pois as únicas medidas aceitas pela Organização Mundial do Comércio como restrição às exportações são as de ordem sanitária e fitossanitária.  

E para que os frutos sejam exportados, é necessário que os produtores estejam cadastrados na ADEPARÁ e obtenham a  CFO - Certificação Fitossanitária de Origem , garantindo a emissão da PTV – Permissão de Trânsito Vegetal, pelo Sistema de Integração da Agropecuária – SIAPEC3.1

PRAGAS CÍTRICAS

O cancro cítrico é uma praga que ataca todas as variedades e espécies de citros. Altamente contagiosa, a bactéria é resistente e sobrevive em diversos ambientes por vários meses. Por tratar-se de uma praga quarentenária, o comércio de frutos cítricos, e seus derivados, é regulamentado por legislação internacional.

O Greening é a pior das três pragas, capaz de dizimar uma lavoura. Fazendo com que se perca até 90% da produção.

A pinta preta dos citros, também conhecida como mancha preta dos citros, é considerada uma das doenças mais importantes da citricultura brasileira e mundial. Depois de instalada em um pomar, não há possibilidade de eliminação, por isso a adoção de estratégias que previnam a entrada do fungo é essencial.