Adepará promove operação no nordeste estadual para proteger polo de cítricos
Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) levou as ações preventivas para os municípios de Irituia, Capitão Poço, Ourém e Garrafão do Norte
Com o intuito de assegurar a proteção e a sanidade das plantações de frutas cítricas do Pará e evitar a introdução de pragas, fiscais estaduais agropecuários da Regional de Capitão Poço, da Adepará, reforçaram as ações preventivas nos municípios que compõe o Polo Cítrico, no nordeste estadual. O trabalho quer manter o status de área livre de Cancro Cítrico. A operação da Agência de Defesa Agropecuária iniciou, na última semana, e foi encerrada na segunda-feira (19), em Irituia, Capitão Poço, Ourém e Garrafão do Norte.
A operação incluiu fiscalização no trânsito, visando identificar produtos vegetais clandestinos e educação sanitária, com orientações para a população sobre o Cancro Cítrico, que é uma praga e ataca todas as variedade e espécies de citros, sendo uma das doenças mais graves da citricultura brasileira, causando sérios prejuízos econômicos aos produtores.
“A Vigilância do trânsito de produtos de origem vegetal é um dos alicerces da Defesa fitossanitária e as ações que ocorrem nos Postos Fiscalização Agropecuária de Irituia e Ourém, assim como nas barreiras realizadas pela Fiscalizações Volantes nas Rodovias do entorno da área do Polo Citrícola do Nordeste paraense, contribuem para a manutenção do status sanitário de área livre do cancro cítrico e para a garantia do acesso a mercados exteriores”, ressaltou a Diretora de Defesa e Inspeção Vegetal Lucionila Pimentel.
Durante as fiscalizações no trânsito, 11 autos de infração foram lavrados pelos fiscais por flagrarem produtos vegetais sendo transportados sem documentação sanitária.
Nesta segunda-feira (19), último dia de operação preventiva, os Fiscais visitaram comerciantes de citros, propriedades de unidades de consolidação para orientarem sobre os procedimentos de regularização junto a Agência de Defesa para obtenção de Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado (CFOC).
“Estamos fortalecendo e intensificado as ações de fiscalização de frutos nas regiões e municípios próximos aos Polos Citrícolas do Estado, não podemos permitir o ingresso de frutos e/ou mudas contaminados nessas áreas, assegurando a produção local e garantindo a manutenção do mercado internacional a produção paraense”, enfatizou o Diretor Geral Jamir Macedo.
As constantes fiscalizações da Agência de Defesa, além de evitar que esta praga entre no Estado, coíbe a comercialização de frutas cítricas e material de propagação vegetativa procedentes de Estados com ocorrência de pragas.
DEFESA FITOSSANITÁRIA
O Pará foi o primeiro Estado brasileiro a receber o status sanitário de Área Livre de Cancro Cítrico, e o Governo Estadual criou assim, dois Polos Citrícolas, um na região Nordeste, área das últimas ações preventivas da ADEPARÁ, e outra na região oeste do Estado, gerando emprego e renda para centenas de produtores. Os municípios de Capitão Poço e Monte Alegre são os maiores produtores no Estado de laranja e limão.
Nessas áreas, a Agência de Defesa concentra esforços para garantir a sanidade dos frutos e a qualidade de vida das famílias que os produzem e exportam para outros Estados do país e para União Europeia. E uma das grandes preocupações da Agência é evitar a entrada do Cancro Cítrico e também de outras duas pragas: Greening e Pinta Preta, que são consideradas ameaças constantes aos polos, o que causaria grandes prejuízos para os produtores, principalmente, que têm o comércio das frutas como principal renda.
Para proteger os polos citrícolas foram instalados postos de fiscalização, que atuam como barreiras sanitárias, nos municípios de Irituia e Ourém. Eles têm a missão de garantir a sanidade das frutas cítricas, por meio da inspeção fitossanitária, procedimentos de desinfestação e fiscalização da documentação exigida para o trânsito de vegetais do gênero Citrus, oriundos de outros estados e municípios.
É importante ressaltar a importância do trabalho da Defesa Fitossanitária, vinculada a manutenção das conformidades e das normas internacionais de medidas fitossanitárias para a cadeia citrícola paraense, pois as únicas medidas aceitas pela Organização Mundial do Comércio como restrição às exportações são as de ordem sanitária e fitossanitária.
E para que os frutos sejam exportados, é necessário que os produtores estejam cadastrados na ADEPARÁ e obtenham a CFO - Certificação Fitossanitária de Origem , garantindo a emissão da PTV – Permissão de Trânsito Vegetal, pelo Sistema de Integração da Agropecuária – SIAPEC3.1
PRAGAS CÍTRICAS
O cancro cítrico é uma praga que ataca todas as variedades e espécies de citros. Altamente contagiosa, a bactéria é resistente e sobrevive em diversos ambientes por vários meses. Por tratar-se de uma praga quarentenária, o comércio de frutos cítricos, e seus derivados, é regulamentado por legislação internacional.
O Greening é a pior das três pragas, capaz de dizimar uma lavoura. Fazendo com que se perca até 90% da produção.
A pinta preta dos citros, também conhecida como mancha preta dos citros, é considerada uma das doenças mais importantes da citricultura brasileira e mundial. Depois de instalada em um pomar, não há possibilidade de eliminação, por isso a adoção de estratégias que previnam a entrada do fungo é essencial.