Semas realiza 2ª Exposição de Produtos Ecológicos
Foco foi a sustentabilidade e o público pôde ver e aprender mais sobre como ajudar o meio ambiente reutilizando tudo o que se tem em casa
Compostagem doméstica, biofertilizante, ecobijuterias, entre outros itens estiveram presentes na 2ª exposição de Produtos Ecológicos, realizada nesta quinta, 15, pela Gerência de Articulação e Difusão da Educação Ambiental, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas). O objetivo foi divulgar e incentivar a confecção dos produtos feitos pelas pessoas que participaram dos cursos de capacitação ofertados pela secretaria nas Usinas da Paz. A ação ocorreu no prédio-sede da Semas, localizado no bairro do Marco, em Belém.
A feira teve como foco a sustentabilidade, onde o público pôde ver e aprender mais sobre como ajudar o meio ambiente reutilizando tudo o que se tem em casa, como é o caso da compostagem doméstica, prática simples e barata, realizada com a utilização de resíduos orgânicos e uma composteira, que gera assim o adubo e biofertilizante.
Wanderson da Silva, agricultor que estava participando da feira, explicou mais sobre o processo. “Na primeira camada, você vai colocar serragem, não pode ser tratada quimicamente, pode ser folha seca também. E na segunda camada, você vai colocando restos de frutas, verduras, legumes, tudo picadinho. Vai sempre intercalando e dentro de uns oitenta ou noventa dias já está feito o adubo, e é também dessa composteira que vai gerar o chorume, que a gente chama de biofertilizante. Você pode usar nas suas plantas, é bom para ajudá-las a se desenvolverem melhor e também evita pragas e doenças nas plantas”, explicou.
Entre os produtos ofertados também estavam as famosas ecobijuterias. Brincos, colares e pulseiras, feitos com materiais que seriam descartados de forma irregular no meio ambiente, como papel de revistas, embalagens de sabonetes e perfumes. As ecobijuterias são fruto do projeto das oficinas ministradas pela Semas nas Usinas da Paz.
A feira também contou com a venda e exposição do sabão artesanal, que é produzido a partir do óleo de cozinha usado e serve para lavar roupas e louças, tirando manchas e gorduras. “Eu aprendi na primeira Usina da Paz, que foi lá no Icuí. Logo quando inaugurou, a Semas fez um curso lá. Eu já guardava muito óleo em casa, pois sabia que não deveria jogar na pia, mas não sabia onde descartar, e lá aprendi a fazer o descarte correto e também a produzir”, contou a vendedora Solange Reis, que estava na feira com seus produtos artesanais. “Comecei a produzir muito sabão em casa e meu marido queria saber o que eu ia fazer com tanto sabão, então comecei a distribuir pra minha família, e a família começou a ligar dizendo que era muito bom, que fazia isso e aquilo, que eu tinha que vender. E aí tive a ideia de vender mesmo. Fui convidada para uma feira artesanal na UsiPaz da Cabanagem e comecei a divulgar, outras empresas começaram a enxergar o sabão, e me contrataram. E hoje tenho empresas que pedem constantemente o sabão, porque faz o que promete”, lembra feliz, a empreendedora.
Outro produto que foi destaque da exposição foram os itens feitos por meio do reaproveitamento do caroço de açaí, como vasos para plantas, carvão para plantas e até carvão para churrasco, esse último um protótipo ainda. “Essa é uma forma, não digo de acabar, mas minimizar a quantidade de lixo descartado erroneamente no meio ambiente, que é o caroço de açaí. Em cada esquina, você pode ver aqueles montes de sacos e isso é tudo descartado de maneira errada, então aqui está uma linha que pode beneficiar tanto o batedor quanto o empresário no reaproveitamento do caroço de açaí, e não só utilizar como queima, que hoje é o grande foco do açaí. Tem outras formas aqui que podem agregar valor, melhorar a economia, e com isso fazer com que gire toda a cadeia”, explicou Romeu Furian, representante da empresa R. M. Ind. e Com. de Biomassa LTDA.
Waldilene Garcia, gerente de Articulação e Difusão da Educação Ambiental da Semas, afirmou que a iniciativa teve o propósito de “divulgar o produto das pessoas que são capacitadas pela Secretaria e, a partir daí, as pessoas fazem contato com uma possível parceria, além de participar das outras feiras também”, finalizou.
