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MEIO AMBIENTE

Bioeconomia e avanços para 2023 são temas do Fórum sobre mudança climática

Também foi apresentado o plano de trabalho para a agenda jurisdicional de REDD+/PSA em 2023

Por Aline Saavedra (SECOM)
19/12/2022 19h02

presidente da Federação dos Povos Indígenas do Estado do Pará, Ronaldo Amanayé,“A expectativa é que a gente busque dialogar da melhor forma possível políticas públicas voltadas para os povos indígenas, quilombolas e extrativistas, sempre objetivando que essas políticas públicas se tornem de fato práticas, para que elas cheguem dentro dos nossos territórios e garantam, de fato, uma vida sustentável, o bem viver individual e o coletivo, para que a gente consiga colaborar com a nossa Amazônia, principalmente se tratando dessa questão da gestão ambiental e territorial, e lutar para a gente coibir essa mudança climática, que tá acelerada”, disse o presidente da Federação dos Povos Indígenas do Estado do Pará, Ronaldo Amanayé, durante a reunião do Comitê Executivo do Fórum Paraense de Mudança e Adaptação Climática, coordenado pelo indígena.

O evento integrou a programação do Fórum Paraense de Mudanças e Adaptação Climática (FPMAC), realizado nesta segunda-feira (19), em Belém.

No Fórum também ocorreu a explanação do Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio) e apresentação do plano de trabalho para a agenda jurisdicional de REDD+/PSA em 2023. O REDD+ é um instrumento financeiro internacional criado para prover recursos, por meio de doações voluntárias, aos países em desenvolvimento que reduzirem as emissões de gases de efeito estufa provenientes de florestas nativas.

Na reunião do Comitê FPMAC também foram abordados os principais destaques do trabalho desenvolvido nas câmaras técnicas do comitê, como a Câmara Técnica de Equidade, Igualdade de Gênero e Mudanças Climáticas, que apresentou a linha do tempo do Fórum e os resultados da pesquisa em roda de conversa, como quais os impactos das mudanças climáticas na vida das mulheres e as ações necessárias frente a essas mudanças.

PlanBio - Outro momento do evento proporcionou aos participantes da construção do PlanBio assistir à apresentação do Plano. Foi exibido o vídeo de apresentação da política, mostrando o processo de construção e o Plano finalizado, com 92 ações firmadas na agenda.

“Foram várias pautas importantes. São temas que têm mobilizado bastante a sociedade, que envolveu bastante a participação de membros, tanto do Comitê Executivo quanto do próprio Coges Clima e do Plenário do Fórum. O dia foi bastante proveitoso, e a partir dessas informações que foram compartilhadas aqui a expectativa é que a sociedade civil e os diferentes setores que fazem parte do Fórum,se engajem e acompanhem, ainda mais, e se envolvam com o desenvolvimento dessas temáticas do Estado que são de interesse de todos”, ressaltou Teresa Moreira, especialista em Governança Ambiental da ONG The Nature Conservancy (TNC).

Carla Giovana Braga, representante da Cooperação da Juventude Amazônida para o Desenvolvimento Sustentável (Cojovem), explicou porque considera o Fórum um evento importante. “Cada vez mais a gente dá oportunidade para que a sociedade civil possa ser um ator efetivo da mudança que quer ver nos territórios diferentes, e a gente tem um território muito grande; consequentemente, desafios muito grandes frente às mudanças climáticas. Quando você cria um Fórum no Estado do Pará, propiciando a cooperação multissetorial, principalmente com a sociedade civil, você dá oportunidade para que esses públicos sejam ouvidos e tenham maior inserção na construção da mudança que querem viver nessa realidade”, enfatizou.

Agenda REDD - Na programação foram realizados ainda alinhamentos da agenda de REDD+ e PSA, que permite aos setores da economia reverter retrocessos no âmbito socioambiental e possíveis prejuízos econômicos associados à degradação dos recursos naturais e da biodiversidade.

A discussão principal sobre REDD+ e PSA ocorreu durante a apresentação do Plano de Trabalho para a agenda jurisdicional, uma oportunidade para construir uma política climática vigorosa. "Apesar de ter direções, estratégias internacionais e nacionais, a gente também pode e deve aprofundar, discutir esse processo, e dizer que de fato faz sentido para a gente aqui quando se trata de uma política de REED", disse Julianne Moutinho, assessora técnica de Mudanças Climáticas, Serviços Ambientais e Bioeconomia da Secretaria, ao apresentar o sistema de REDD+/PSA.

O objetivo é que, por meio do estabelecimento do Sistema Jurisdicional de REDD+, seja acessado o pagamento por resultados e mercado voluntário de carbono, a fim de atender aos padrões de integridade socioambiental e aos acordos internacionais para contribuição da justiça e equilíbrio climático.