Alunos do ensino fundamental participam de ações do Preamar do Patrimônio
Iniciativa terá às 17h, desta sexta-feira (4), o lançamento do livro “Patrimônio Cultural & Educação Patrimonial”, essoas, no Palacete Faciola
Estudantes dos 8º e 9º anos da Escola Municipal Honorato Filgueiras, em aula diferente no Centro Cultural Palacete FaciolaNa manhã desta sexta-feira (4), foi diferente a aula dos alunos do 8º e 9º anos da Escola Municipal Honorato Filgueiras, no bairro do Jurunas, em Belém. Longe das salas de aula, eles puderam imergir na história de Belém e do Pará fazendo uma visita ao Centro Cultural Palacete Faciola, no bairro de Nazaré. A atividade é mais uma das ações gratuitas que fazem parte do Preamar do Patrimônio, realizado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).
A ação de Educação Patrimonial reuniu cerca de 45 crianças e iniciou com a apresentação de um vídeo sobre a Belle Époque, com destaque para a paisagem urbana de Belém, que foi remodelada. Após o vídeo, as crianças seguiram para uma visita guiada pelos casarões que compõem o centro cultural. 
Estudantes conhecem equipamentos antigos em aula prática de educação patrimonial com professora doutora Ângela LeãoOs detalhes da Belém antiga não passaram despercebidos aos olhares atentos e curiosos de alunos, como Kawandria Castro, 14 anos. “Uma das coisas que mais me chamou atenção foi reconhecer alguns casarões na cidade, alguns que se mantiveram como são, até hoje, e também perceber a diferença de espaços que mudaram muito, como Mosqueiro, por exemplo. Era muito diferente. Não que eu queira voltar para aquela época, está bom como está, mas é interessante perceber que mudou bastante”, detalha a estudante.
Para a professora doutora em história, que ministra a disciplina na Escola, Ângela Sanchez Leão, este tipo de ação facilita o aprendizado a partir da vivência que as crianças fazem ao ocuparem esses espaços e impulsiona nelas o sentimento de pertencimento do cenário.
Adolescentes atentos ao cenário urbano da capital paraense em aula prática sobre a história do Pará“A importância maior é de que eles conheçam a história do Pará. Eles saibam que nós temos equipamentos que estão disponíveis gratuitamente, pois muitas vezes a pessoa olha um prédio desse e pensa: aqui não é meu lugar porque eu sou pobre, porque eu moro no Guamá , porque eu moro no Jurunas, porque eu moro na periferia. Então, esse lugar foi construído como um espaço de elite, mas no trabalho de educação eles vêm justamente para desconstruir essa imagem, que é uma imagem errada", assinalou a professora doutora em História, Ângela Sanches Leão.
Ângela Leão destacou que "apesar de que realmente no passado esses espaços eram espaços de exclusão, hoje a gente quer que sejam espaços de inclusão. Por isso que a gente diz essas políticas de preservação do patrimônio e valorização desses espaços só serão valorizadas quando o povo conhecer, visitar, quando ele desfrutar de tudo que esses equipamentos oferecem”.
Programação
O Preamar do Patrimônio continua, nesta sexta-feira (4), com uma série de atividades gratuitas. Ainda nesta sexta-feira, às 16h, será realizada a mesa “A educação patrimonial e o turismo como ferramentas para divulgação e preservação do nosso patrimônio”, com a presença dos museólogos Bernardino Costa e Larisse Farias Rosa, juntos da professora de Geografia da UFPA, Goretti Tavares. A mediação será de Natasha Bragança, representante da Secretaria de Estado de Turismo (Setur).
A roda de conversa espera receber até 90 pessoas no auditório para informar sobre as tarefas designadas nos setores da cultura e turismo que estimulam a preservação dos patrimônios locais.
Às 17h, o Departamento de Patrimônio celebra o lançamento do livro “Patrimônio Cultural & Educação Patrimonial”, com foco educacional e nas respectivas missões à sociedade, com limite de entrada para 60 pessoas, no Palacete Faciola. A obra é de autoria de Ângela Sanchez Leão, Larisse de Fátima Farias Rosa e Luis Paulo dos Santos Castro. Desenvolvido em 2016, o livro busca difundir a pesquisa dos autores sobre a relação identitária e plural no processo de reconhecimento dos bens culturais e da preservação do patrimônio paraense e amazônico.
O dia encerra com o o projeto “Música nos Museus” que ocorre a a partir das 18h na calçada lateral do Museu do Estado do Pará (MEP), com a performance do grupo “Carimbó Maruré”, que vai animar o público com os arranjos autorais e tradicionais da música regional.
