Especialização em perícia criminal qualifica agentes da segurança pública
Quarenta e cinco servidores se inscreveram para a qualificação, sendo 37 da Polícia Científica e oito dos demais órgãos da área
Para viabilizar conhecimentos e técnicas operacionais utilizadas pelos órgãos de Segurança Pública do Brasil em ações que envolvem a atividade pericial houve, na tarde desta segunda-feira (17), a aula magna alusiva do curso Especialização em Gestão do Conhecimento em Segurança Pública e Perícia Criminal, promovida pela Polícia Científica do Pará (PCEPA). O projeto inédito, de iniciativa da Coordenação de Aperfeiçoamento e Pesquisa (Coapes) do órgão, tem a parceria da Escola de Governança do Pará (EGPA), instituição que capacita servidores não só da Polícia Científica, mas de todo o Sistema de Segurança Pública.Autoridades na aula magna do curso Especialização em Gestão do Conhecimento em Segurança Pública e Perícia Criminal
A especialização tem caráter lato sensu - atividades em sentido amplo -, e terá 398 horas de aulas, divididas em módulos, totalizando 18 meses de aula. O conteúdo envolve: Teoria Geral da Administração Pública, Tendências Contemporâneas de Políticas Públicas, Gestão de Pessoas, Acompanhamento e Avaliação de Programas Públicos, Análise de Políticas Públicas, Gestão do Conhecimento em Perícia Criminal, Planejamento Estratégico, Governança Corporativa, Estatística, Inteligência Forense, Projetos de Intervenção e Tecnologia e Inovação, todos os assuntos voltados à segurança pública e perícia criminal.
A primeira aula, sobre a temática “A Segurança Pública no Pará: Visão Estratégica, Possibilidade e Desafios”, ministrada pelo secretário executivo do Gabinete de Gestão Integrada da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Luciano Monteiro, bacharel em Direito e Segurança Pública, e mestrando em Segurança Pública pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Profissionais são qualificados para aprimorar os serviços da Polícia Científica do Pará
“Esta especialização criada pela PCEPA soma-se a um avanço visível em todas as áreas que o órgão vem passando, tecnológicas, estruturais e de valorização do servidor, que é diretamente proporcional à qualidade dos serviços. É possível ver que o bom trabalho de planejamento da gestão vem se materializando”, afirmou o palestrante.Celso Mascarenhas destacou o avanço na PCEPA
Inscreveram-se 45 servidores da segurança pública do Estado, sendo 37 da Polícia Científica e oito de outros órgãos, como Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Departamento de Trânsito (Detran), Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e Segup. Os candidatos interessados passaram por processo seletivo feito, por meio de edital e análise documental pela Coapes.
Qualificação - Desde maio deste ano, a EGPA assumiu as tratativas de organização com a Coapes. “A Escola de Governança Pública do Pará, enquanto instituição de ensino especializada, tem como função precípua a qualificação dos recursos humanos, no âmbito dos servidores estaduais, com a finalidade de dotá-los de conhecimentos, habilidades e atitudes que os capacitem para o exercício da profissão, assim fomos edificando este curso da pós-graduação de importância essencial aos agentes da segurança pública”, afirmou o diretor-geral da EGPA, Wilson Luiz Ferreira.
O perito criminal e aluno da especialização, Thiago Valente, afirmou que ”essa é uma iniciativa fundamental para a nossa função, sendo uma oportunidade ímpar para os servidores que trabalham com perícia, principalmente pela demanda que nós temos de estarmos constantemente em aprimoramento".
“Este curso foi pensado para trazer democratização do conhecimento para o servidor da Segurança Pública como um todo, que antes precisava estudar por meios próprios. Os nossos peritos e demais servidores aprenderão a desempenhar suas ações técnico-periciais de maneira integrada aos demais órgãos de segurança. O curso é a materialização da valorização do servidor, mas não somente a ele, pois o órgão e a sociedade também ganham quando um agente de segurança pública adquire conhecimento”, afirmou o diretor-geral e perito criminal da PCEPA, Celso Mascarenhas.