Prontuário afetivo humaniza tratamento no Regional do Baixo Amazonas

Edrielson Lopes Carvalho tem 11 anos, é flamenguista e gosta muito de ouvir forró. A brincadeira preferida do pequeno é empinar pipas e ele adora passar o tempo assistindo televisão.  Ele está internado há alguns dias na clínica pediátrica do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, e desde que chegou à unidade, todos os profissionais puderam conhecer um pouco mais sobre a vida, os gostos e os hobbies  do menino.

Isso porque o Edrielson passou por uma entrevista para que o prontuário afetivo dele fosse montado. Ele respondeu perguntas sobre quem faz parte da família dele, qual a comida predileta e até mesmo sobre o animal de estimação, de quem ele está com muita saudade. “O nome do meu cachorro é Piradinho! A minha mãe que deu o nome. E o que eu mais gosto de comer é frango guisado com arroz”, contou.

Todas estas informações ficam próximas ao leito do menino e dos outros pacientes internados nas clínicas pediátrica e oncológica da unidade, que pertence ao Governo do Estado do Pará e é gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde. O prontuário afetivo dá a oportunidade de os colaboradores conhecerem melhor as crianças e as famílias que são atendidas pela unidade, humanizando o atendimento.

“Já faz parte da nossa rotina mesmo. As enfermeiras sempre conversam com os pacientes e fazem o questionário com nove perguntas para o prontuário afetivo. Acaba que a gente cria esse vínculo e cria uma assistência mais humana, conseguindo atender algumas necessidades básicas desse paciente”, explica a enfermeira Lia Mara Couto, coordenadora do serviço da clínica pediátrica do hospital.

Para Rander Sarmento, pai do Edrielson, que saiu de Oriximiná para o tratamento o filho, essa simples ação fez do hospital um lugar mais acolhedor não só para o pequeno, mas para ele também. “O tratamento é muito mais eficaz. Tudo é organizado e estamos em um lugar muito bom para cuidar de uma criança e de qualquer pessoa”.

“O nosso principal foco é sempre o bem-estar do paciente. Ele e a família não esperam que os profissionais da unidade queiram saber mais sobre a vida deles, o que ele gosta de fazer, que time torce, que tipo de música prefere ouvir. Esta é uma forma de tornar o atendimento mais humanizado, para que eles se sintam mais à vontade no ambiente hospitalar, o que com certeza ajuda e muito em todo o processo de recuperação”, destacou o diretor Hospitalar, Hebert Moreschi.

O projeto do prontuário afetivo foi implantado no HRBA em julho deste ano e segue acolhendo paciente e familiares atendidos pela unidade. “O mais importante para a gente é que ele está sendo bem assistido. Assim, o tratamento ocorre muito bem”, concluiu Rander.

Referência em atendimentos de média e alta complexidades para 1,4 milhão de pessoas residentes em 30 municípios da região do Baixo Amazonas, Oeste do Pará e Xingu, o HRBA presta atendimento 100% gratuito, via Sistema Único de Saúde (SUS). A unidade está entre os melhores do país e possui reconhecimento internacional pela qualidade assistencial e segurança destinada aos pacientes.

Texto: Gustavo Campos