Adepará fiscaliza comércio ambulante de mudas de citrus e faz apreensões
A ação ocorreu no município de Tomé-Açu, no nordeste paraense, para coibir o comércio ilegal de mudas vindas de Minas Gerais
A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), por meio da Gerência de Sementes e Mudas, realizou uma ação emergencial, nesta quinta-feira (26) e sexta-feira (27), uma ação emergencial no município de Tomé- Açu, no nordeste paraense, para coibir o comércio ilegal de mudas de citrus, comercializadas por vendedores ambulantes.
Segundo o fiscal estadual agropecuário, Cleber Sampaio, gerente do Programa de Sementes e Mudas da Adepará, as mudas vieram da cidade Dom Eusébio, em Minas Gerais, estado com histórico da presença de pragas quarentenárias que causam grandes problemas para a citricultura, como Cancro cítrico, Pinta Preta e Greening.
“A presença de qualquer uma dessas patologias pode acarretar perdas de produtividade e também embargos comerciais aos frutos, ocasionando prejuízos à cadeia produtiva”, alerta o fiscal, Cleber Sampaio.
A atuação da Adepará cumpre as determinações do artigo 1° da Instrução Normativa N° 03, de 26/04/2017, que proíbe o comércio de mudas por intermédio da prática de venda ambulante. Com base na legislação, a equipe da Gerência de Sementos e Mudas da Agência apreendeu e destruiu as mudas de citros oriundas da cidade mineira, que apresentavam pragas consideradas de fácil disseminação. “Ações como esta tem por objetivo resguardar a citricultura do Pará, que possui dois polos citrícolas de grande importância econômica e social para o Estado”, explicou o gerente.
As mudas apreendidas estavam com toda a documentação exigida para o trânsito agropecuário entre os dois Estados da federação, tinham nota fiscal, termo de conformidade e Permissão de Trânsito Vegetal, mas foram apreendidas e destruídas em função da forma como estavam sendo comercializadas, proibida pela legislação.
“O fortalecimento da defesa agropecuária engloba várias vertentes e uma das principais é coibir o comércio de mudas e sementes clandestinas principalmente por intermédio da prática de venda ambulante. Esse tipo de comércio impede a rastreabilidade, ferramenta indispensável para execução da defesa agropecuária. Além disso, esses infratores comercializam em vários municípios, o que aumenta o risco da dispersão de pragas em todo Estado”.
Texto de Rosa Cardoso