Novos membros tomam posse no Conselho Estadual de Políticas de Igualdade Racial
Os 34 novos membros do Conselho Estadual de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (Coneppir) tomaram posse na manhã desta sexta-feira (23), em solenidade realizada pela Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), por meio da Gerência Estadual de Políticas de Promoção de Igualdade Racial (Geppir). Os novos conselheiros terão a responsabilidade de discutir políticas públicas voltadas à população negra do Pará.
De acordo com a gerente de Promoção de Igualdade Racial da Sejudh, Mãe Nalva, o Conselho é essencial para dar voz a todos os segmentos da população negra do Estado. “O Coneppir é de suma importância dentro da nossa política. É um mecanismo de luta do povo negro, haja vista que é um povo que foi esquecido durante séculos. Ele será composto por vários segmentos da população negra, como quilombolas, povos tradicionais de matriz africana, indígenas e juventude negra, que necessita de grande atenção por conta do atual genocídio que está acontecendo em nosso País”, ressaltou.
Para Babá Edson Catendê, conselheiro nomeado, a meta para os próximos dois anos é implementar novas políticas públicas. “Nosso plano tem o objetivo de fortalecimento desses povos que são verdadeiras instituições. Buscamos a visibilidade e políticas públicas para a nossa luta. Precisamos reduzir esta desigualdade que ainda é muito presente entre negros e não negros”, disse o conselheiro.
Adelina Braglia, coordenadora do Núcleo de Apoio aos Povos Indígenas, Comunidades Negras e Quilombolas (Nupinq), apontou os desafios que o Conselho apresenta. “Por ser um conselho que luta pela igualdade racial, os desafios são muitos. Mas o principal é a luta pelo fim da desigualdade racial, social e religiosa. Ter uma instituição que possa efetivamente nos representar e buscar políticas públicas para o nosso povo é gratificante”, enfatizou.
O secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Alexandre César Gomes, frisou que o Coneppir representa a luta pela igualdade e pelos direitos humanos. “O Conselho é um instrumento que precisa ser fortalecido, para que a população negra do Pará avance em políticas públicas de forma mais ágil e articulada”, disse o secretário, que ressaltou ainda a satisfação de ter contribuído com “esta luta, mesmo com pouco tempo à frente da Sejudh”.
A solenidade contou com a participação de representantes de 20 entidades: Movimento Afrodescendente do Pará – Mocambo; Associação Cultural e Esportiva da Amazônia (Acena); Associação de Consciência Negra Quilombo (Asconq); Associação dos Filhos e Amigos do Ylé íyá Omi Àsé Ofa Kare (Afaia); Associação Afro-Religiosa, Cultural e Social – Iloyany; Associação Afro-Religiosa e Cultural Amigos do Marajó (Arclama); Rede Fulanas – NAB; Associação de Moradores e Produtores Quilombolas do Abacatal – Aurá; Centro de Estudo e Defesa do Negro no Pará (Ceden/PA); Coordenação das Associações Remanescentes de Quilombos do Estado do Pará – Malungu; Instituto Nangetu de Tradição Afro; Associação Afrodescendente Matriz Africana e Cultural Oya Jokolosy (Arfuojy); Instituto Afro-Brasileiro Imaculada Conceição (Iabic); Associação Religiosa-Afro Cultural Irmandade de São Benedito; Associação Afro-Religiosa e Cultural Ilê Yabá Omi Aciyomi; Instituto Bamburucema de Cultura Afro-Amazônico; Associação Remanescente de Quilombo de Santa Luzia; Associação Afro-Religiosa e Cultural Morada de Oxossi – Omorode; Associação Cultural e Afro-Religiosa Seara de Umbanda Mamãe Oxum (Assumo); Associação da Comunidade Remanescente de Quilombo de Santa Luzia do Bom Prazer, Vila Poacê, Território Quilombola de Jambuaçu – ARQ IPTJ.