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Público revive movimento popular pela arte, música e exposição no "Preamar Cabano"

A programação gratuita é uma iniciativa do Governo do Estado por meio da Secult 

Por Iego Rocha (SECULT)
08/01/2022 14h19

O primeiro dia de ações do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), para celebrar o aniversário de Belém e do Movimento Cabano, ocorreu na última sexta-feira (07), em pelo menos três equipamentos diferentes. A programação gratuita reuniu muita informação por meio de uma exposição, show e arte cênica sobre o movimento popular mais importante para a história da cidade e do estado. 

Na sede do Arquivo Público do Estado, no bairro da Campina, pela manhã, foi aberta a Exposição “Reflexos Cabanos na Cidade de Belém”, que segue até o dia 31 de janeiro. “Esta exposição retrata a capital paraense após as batalhas e os bombardeios. Os documentos expostas retratam a reconstrução de alguns pontos da cidade, destruídos, assim como a situação dos presos políticos, prisões, penalidades, anistia, a situação deles dentro das prisões, e todo imaginário que se formou sobre o movimento cabano após o fim das batalhas. O visitante consegue visualizar a história só por meio da leitura destes documentos”, destaca Leonardo Torii, diretor do Arquivo Público do Para. 

À noite, as ações ocorreram simultaneamente no Teatro Estação Gasômetro e na Capela do Museu do Estado (MEP), na Cidade Velha. No Teatro, houve o show de Rafael Lima, com um repertório que narrou em diversas músicas o movimento cabano. A apresentação musical contou com a participação Paulo Levi, Salomão Habib, Mini Paulo Medeiros, Sara Laman, além dos alunos de voz e violão da Escola Alzira Pernambuco. Já a Capela do MEP, um dos marcos históricos do movimento, se transformou em palco para a exibição do espetáculo Batista, uma obra de Carlos Correira, adaptada pelo Grupo Teatral Palha, que está em atividade há 42 anos. 

“Trouxemos um recorte da obra de Carlos Correia e fizemos um recorte em busca, não do cônego, mas do homem que habitava o cônego. O homem desbravador, que construiu o primeiro movimento popular da América Latina, que é Batista Campos. É importante pra nós, que somos artistas, ao olhar pra nossa história e perceber que nem todo governo dá a devida importância do movimento cabano para a cidade, acho que essa gestão percebe não só a importância da história, pra que a gente se perceba e se respeite, como considera  que existe uma forte cultura, pois a casa está lotada de público que veio prestigiar”, destacou o ator Paulo Santana.

O público aprovou a iniciativa e compareceu em todas as atividades.  Uma delas foi a historiadora Ruth Ferreira, 23 anos, que acompanhou a apresentação teatral. "Eu acho o Preamar Cabano muito importante pra cidade de Belém porque é uma data que ficou muito tempo escondida. Antes, a gente nem podia falar sobre o movimento, então, poder trazer essa memória pro povo belenense é importante, ainda mais em uma das capelas mais representativas como a do MEP, dando acesso a esse lugar pouco visitado, mas que tem tudo a ver com essa história”, destacou a jovem.

Programação 
A programação continua neste sábado (08), com a reapresentação do show de Rafael Lima, desta vez na Estação Cultural de Icoaraci, e a reapresentação do espetáculo "Batista". 

No dia 11, às 09h30, no Memorial da Cabanagem, no Entroncamento, ocorre a aula  “A Cabanagem em debate: Memórias e Análises”, mais uma atividade planejada pelos servidores do Arquivo Público, Leonardo Torii e André Lima. Nos dias 11,18 e 25 o ateliê do Espaço Cultural Casa das Onze Janelas promove oficinas de animação “Flipbook, imagens que falam” e “Pixelation, contando história”. As ações fazem referência à história do movimento cabano por meio do projeto "Animação nas Onze: cultura e patrimônio."

No dia 12 de Janeiro, às 20h, o Theatro da Paz recebe o público para mais uma apresentação da 9ª Sinfonia de Beethoven apresentada pela Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP). No dia 14, a partir das 18h, ocorre a reabertura do Museu de Arte Sacra (MAS), na Cidade Velha, com a exposição ” Belém periférica: sonora e noturna”, na Galeria Fidanza e a apresentação da OSTP, às 20h, com a Missa Cubana, na Igreja de Santo Alexandre.

Texto: Josiele Soeiro/Ascom Secult