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Secretaria de Saúde do Pará apoia curso de Sala de Vacina no Contexto da Saúde Indígena

O objetivo é a atualização de profissionais de Saúde das áreas indígenas, com predomínio de enfermeiros, sobre as técnicas de imunização

Por Roberta Vilanova (SESPA)
21/10/2021 16h16

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) está apoiando a realização do Curso de Sala de Vacina no Contexto da Saúde Indígena, organizado pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Pan-Americana (Opas), que acontece na Escola Técnica do SUS Dr. Manuel Ayres (ETSUS).                                                                                

Além de ceder o espaço da ETSUS para realização do curso, a Sespa, por meio do Departamento de Epidemiologia (Depi), disponibilizou os equipamentos de sala de vacina para a parte prática do treinamento.Conservação e Transporte de Vacinas foram abordados no curso

O objetivo do curso, que começou dia 18 de outubro, é atualizar os profissionais de saúde das áreas indígenas, maioria enfermeiros, sobre as técnicas de imunização e fortalecer as práticas de vacinação segura e de qualidade nas aldeias indígenas.

Segundo a diretora do Depi, Daniele Nunes, as salas de vacina ficam em áreas de difícil acesso, onde é alto o risco de as vacinas ficarem inativadas. “Daí a importância do curso para orientar os profissionais a manterem a qualidade dos imunobiológicos a serem ofertados à população indígena”, comentou.

Esse é o quarto treinamento realizado no Brasil e sempre ocorre nos estados onde existem Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). No Pará, está sendo ministrado pelas enfermeiras e instrutoras da Opas, Evelin Plácido e Marisângela Dutra.Insumos utilizados no treinamento

De acordo com Evelin Plácido, o treinamento conta com a participação de 23 enfermeiros e técnicos em enfermagem que atuam nas equipes multidisciplinares de Saúde Indígena e dois técnicos da Coordenação Estadual de Imunizações da Sespa.

“Estamos abordando todos os aspectos teóricos e práticos da operacionalização das ações de imunização no território indígena com toda a sua especificidade, considerando este cenário bastante diferente do contexto dos municípios, como, por exemplo, ter acesso à energia elétrica e a outros suportes logísticos e tecnológicos. Então, estamos preparando esses profissionais para atuarem nesses contextos com qualidade e segurança”, explicou a enfermeira Evelin Plácido.Profissionais recebem orientação sobre descarte de agulhas e seringas

Conteúdo – Com duração de cinco dias, o curso aborda, entre outros, os seguintes tópicos: Breve Histórico da Vacinação e os Povos Indígenas, Bases Imunobiológicas e Conceitos Fundamentais de Vacinas e Imunização; Implicações Práticas da Vacinação e Calendários de Vacinação, Esquema Vacinal (associação entre idade, dose, intervalo, reforços e tipos de vacina) e Oportunização – Vigilância em Saúde; Técnicas de Aplicação de Imunobiológicos; Eventos Adversos Pós-Vacinação, Conservação e Transporte de Vacinas (o caminho que a vacina percorre da produção até a aldeia), Avaliação da Cobertura Vacinal, Homogeneidade e Eficácia Vacinal. Os aspectos culturais que envolvem o processo de vacinação no contexto indígena serão abordados em todos os temas no decorrer das discussões.