Governo estadual incentiva empreendedorismo e inovação com o Programa StartUp Pará
Vinte startups venceram o programa e agora poderão receber apoio do governo estadual
Ser empreendedor é um sonho que passa na cabeça de grande parte dos brasileiros. Segundo dados do Registro Mercantil da Junta Comercial do Estado do Pará (Jucepa), até agosto deste ano já foram registradas mais de 8.073 novas empresas no Pará, um aumento de 15,56% em relação ao mesmo período de 2020.
Atento a esses dados que vêm crescendo a cada ano e no desenvolvimento do Pará, o Governo estadual, por iniciativa da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (SECTET), da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (FAPESPA) e da Secretaria de Estado de Planejamento e Administração (SEPLAD), com apoio técnico da Fundação Guamá, lançou o Programa StartUP Pará, estabelecendo a estratégia estadual para o empreendedorismo de base tecnológica, apoio e criação de ambientes para iniciativas inovadoras.
“Desde o início da gestão, o governador Helder Barbalho colocou como absolutamente importante o apoio à inovação e ao empreendedorismo como mola propulsora do desenvolvimento do estado. O programa busca estimular a criação ou consolidação de negócios de base tecnológica e sustentáveis no Pará, gerando produtos e serviços com maior valor agregado e potencial para a geração de emprego e renda”, disse Marcel Botelho, titular da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa).
O programa, que iniciou a fase de inscrições em 2020, contou com mais de 100 propostas inscritas nas modalidades Novos Negócios e Aceleração.
As startups tiveram que passar por três etapas: enquadramento, seleção e execução do programa. Durante o processo, 80% das propostas foram enquadradas e passaram para a próxima fase. Na última etapa, restaram 27 startups, as quais passaram por uma avaliação.
“Fazer parte do Startup Pará já é positivo para esses empreendedores, uma vez que, durante o programa, receberam oficinas, workshops, assessorias coletivas e individuais para melhorar suas ideias e empresas. Com a conclusão da etapa de Aceleração, a qual envolve benéficos qualitativos, o Programa StartUP Pará cumpre um de seus objetivos que é apoiar a criação ou consolidação de negócios de base tecnológica e sustentáveis no Pará, gerando soluções com maior valor agregado e potencial para a geração de empregos”, explica Maria Trindade, coordenadora do Programa Startup Pará, na SECTET.
Depois de meses de mentoria, palestras, workshops e muito trabalho, 20 startups, dez de cada modalidade, foram selecionadas e terão a possibilidade de receber o apoio financeiro de até R$ 80 mil reais para novos negócios (ideação) e até R$ 200 mil reais para aceleração (empresas). Um investimento financeiro, exclusivamente estadual, de R$ 2,8 milhões de reais para que os empreendedores desenvolvam mais suas iniciativas já existentes ou transformem suas ideias em negócios de sucesso.
O resultado preliminar foi divulgado nesta segunda-feira (04), no Diário Oficial nº 34.722. Na modalidade Novos Negócios, foram classificados: Biomimética, de Jonas Cunha da Silva; Agro Katu, de Wilson Antônio Ferreira Costa; Mahá Biocosméticos, de Gabriela Bianchi dos Santos; Memory Life, de Kátia Maki Omura; Neuroprotect, de Walace Gomes Leal; Ver-o-Fruto, de Ingrid Monique Oliveira Telles; Unaí, de Washington Ferreira Nascimento Filho; Estação Inteligente de Monitoramento de Poluição, de Oscar Bruno Maciel de Abreu; iAmazon, de Mauro Antônio Cavaleiro de Macedo Rodrigues; e Radar Naval, de Gilberto Luís Sousa da Silva.
Já as 10 propostas na modalidade Aceleração foram: Otimize Seus Negócios, de Vitor Pinheiro Alves; Focatec Soluções e Desenvolvimento, de Elimar Pinheiro Xavier; Inteceleri Labs Tecnologia, de Walter dos Santos Oliveira Júnior; Medbolso Software de Ernani de Oliveira Sales; Jambulabs Software, de Marcelo Rocha de Sá; Navtech Solutions, de Rhuan Fracalossi Melo; Bioactive Inovações e Pesquisas, de Maria Cristina Andrade Saiani; Notifica Direto, de Willys do Socorro Almeida de Campos; BRFlor Consultoria em Sistemas de Informação, de Sabrina Brasil Freitas; e Amazon Tech, de Elionai Gomes de Almeida Sobrinho.
Para Vítor Alves, um dos finalistas na modalidade aceleração, o programa foi de grande ajuda profissional e intelectual. “O Startup Pará foi um verdadeiro MBA de alto nível, considerando os profissionais, conhecimentos e as experiências que tivemos ao longo da aceleração'', destacou.
Walace Gomes Leal, um dos beneficiários na modalidade Novos Negócios, pretende transformar a sua startup em uma empresa para disponibilizar produtos no mercado. “Estou desenvolvendo uma substância no programa Startup na Neuroprotect, (minha startup) uma substância que protege o cérebro de pessoas que tiveram AVC (Acidente Vascular Cerebral), um bioproduto derivado da flora amazônica, um neuroprotetor natural. Participar do StartUp Pará foi muito gratificante, um aprendizado muito grande. Quero parabenizar o Governo do Pará por este programa incrível. Tivemos a oportunidade de nos aproximar de grandes centros como São Paulo, onde se investe muito em inovação e de países desenvolvidos como Estados Unidos e Alemanha”, avalia Walace.
O presidente da Fapespa, Marcel Botelho, explica como será o processo até o resultado definitivo das 20 propostas e parabeniza todas as startups que participaram dessa primeira edição do programa. “Nesta segunda-feira, 04, divulgamos o resultado preliminar das startups que poderão receber o apoio financeiro. Agora entramos na fase dos recursos, onde as startups terão um prazo de 10 dias úteis para recorrer. Quero parabéns a todas as startups envolvidas, pela dedicação e enorme evolução durante o processo.Temos a certeza que demos um passo importante para o desenvolvimento do nosso Pará”, concluiu o titular.
Startup Pará
O programa foi criado em 2019 com o objetivo de apoiar projetos, ainda que em fase de ideação, voltados à criação e implementação de soluções, métodos e processos de base tecnológica, que explorem a inovação e a cultura empreendedora como instrumento estratégico para contribuir com o desenvolvimento sustentável do Estado, viabilizando o surgimento de novas empresas inovadoras capazes de promover a geração de negócios de maior valor adicionado, descortinando alternativas de emprego com melhores salários e a possibilidade da formação, atração e fixação de recursos humanos mais bem qualificados.
O programa contou com duas modalidades, Novos Negócios e Aceleração. E as startups interessadas em participar deveriam atuar em pelo menos umas das seguintes áreas temáticas:
Educação; energia; mineração; saúde e qualidade de vida do cidadão; govtech (Inovação na Administração Pública); agrotech, com destaque para agroindústria e piscicultura; biotecnologia; tecnologia da informação e comunicação; inteligência artificial e logística.
Texto: Rosane Linhares/Ascom Fapespa