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EDUCAÇÃO SANITÁRIA

Adepará incrementa fiscalização no vazio sanitário da soja no sudeste paraense

Agência alerta para o cumprimento do calendário, que impedirá danos às plantações, além de evitar perdas econômicas aos sojicultores

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
24/08/2021 09h27

Para proteger a safra de soja da doença Ferrugem Asiática (Phakopsora pachyrhizi), a Agência de Defesa Agropecuária do Estado Pará (Adepará) realiza fiscalizações nos municípios de Redenção, Santa Maria das Barreiras e Pau D'arco, no sudeste paraense. As ações se iniciaram em 3 de agosto e se estenderão até 9 de setembro. 

Entende-se por vazio sanitário o período de ausência total de plantas vivas de soja, com intuito de prevenir a disseminação da doença, que tem como agente causal o fungo Phakopsora pachyrhizi.

As fiscalizações ocorrem no período conhecido como Vazio Sanitário da Soja, objetivando a redução da sobrevivência do fungo por meio da ausência de planta viva.

“Até o momento, nenhuma irregularidade foi constatada. Os produtores estão muito cientes das obrigações deles perante o vazio e também das penalidades que poderão sofrer com a desobediência da Portaria n° 2030/2021", disse a fiscal estadual agropecuária, Adra David Antônio.

Devido aos riscos que a ferrugem asiática representa, a Adepará alerta para o cumprimento do calendário, que impedirá danos às plantações, além de evitar perdas econômicas aos sojicultores. A gerente de Programas de Pragas de Importância Econômica do órgão, Maria Alice Thomaz Lisboa, reforça a importância da proibição como estratégia de controle da praga Phakopsora Pachyrhizi.

“O vazio sanitário objetiva a redução da sobrevivência do fungo causador da ferrugem asiática e a diminuição de esporos desse fungo no ambiente, causando, com isso, o atraso de ocorrência da doença nos plantios. É uma estratégia muito importante, pois quebra a ponte verde que existe de uma safra a outra”, explicou Maria Alice.

O mapeamento das áreas produtoras de soja no Estado é essencial para o planejamento das ações de defesa fitossanitária e objetiva a otimização dos recursos orçamentários, dando condições para execução e planejamento de ações dos programas nacional e estadual do controle da ferrugem asiática da soja.

Educação sanitária

Uma das frentes mais importantes da Adepará é a educação sanitária, fundamental para instruir o produtor sobre o manejo das plantações e notificações de doenças que possam atingir as lavouras. Por isso, a educação sanitária é desenvolvida de forma regular pela Adepará, levando ao público ações educativas desenvolvidas com as comunidades e entidades representativas de produtores rurais, além de escolas do meio urbano, feiras agropecuárias, universidades e outros eventos do setor.

Essas ações geralmente são elaboradas e executadas em parceria com as comunidades, valorizando a integração. Com essa finalidade, a equipe técnica da Adepará promove capacitações regulares, cuja proposta é conscientizar e sensibilizar agricultores sobre a importância em identificar e notificar doenças como a Fusariose da bananeira, a monilíase do cacaueiro (causada pelo fungo Moniliophthora roreri) e amarelecimento letal das palmeiras.

O monitoramento da mosca-da-carambola em todo o Estado - controle e erradicação do foco em no distrito de Monte Dourado, em Almeirim, e no município de Gurupá (Marajó) e; inspeções nas áreas de citrus, para manutenção do status de Área Livre também fazem parte desse trabalho rotineiro.

A gerente de Educação Sanitária da Adepará, Karina Cardoso, destaca a importância das capacitações rotineiras nos municípios e como as ações contribuem para fortalecer a relação da Agência e os produtores.

"São temas que têm relação direta com o dia a dia do produtor, então ele precisa conhecer e se atualizar sobre as doenças que podem atingir suas plantações. E, também, como proceder caso identifique qualquer suspeita. É uma oportunidade de ouvir sugestões e ideias dos produtores, para melhorar ainda mais os serviços ofertados pela Adepará em seus municípios", garante.

Qualidade

O controle de qualidade, bem como de inspeção, padronização e armazenamento de produtos e subprodutos de origem animal e vegetal, são fatores fundamentais para garantir que os produtos paraenses atendam a exigência do mercado interno e possam competir em preço e qualidade no restante do país. Assim, a Agência de Defesa também promove ações rotineiras de fiscalização, educação sanitária, monitoramento de pragas e doenças, entre outras frentes, para garantir o desenvolvimento sustentável e competitivo do agronegócio.

A Agência possui programas permanentes na área vegetal, desenvolvidos para garantir a sanidade aos produtos, para que estejam sempre aptos à comercialização. Entre essas atividades está essa de inspeções de pragas nas lavouras de soja e, os programas fitossanitários permanentes: da banana, do cacau e dos citros.

O diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo, explica que a agricultura paraense tem papel de grande relevância para o desenvolvimento econômico do Estado. “O Pará tem características geográficas peculiares, que proporcionam o crescimento e expansão de diversas culturas, dentre as quais podemos destacar o rebanho bovino que supera 21 milhões de cabeças, a produção de cacau e abacaxi como as maiores do Brasil e o avanço crescente dos grãos e soja. Com isso, o Agro ganha força e maiores investimentos, tanto da iniciativa privada como do governo do Estado, estimulam o desenvolvimento do setor em todas as etapas da produção de maneira perene e sustentável”, explicou.