Atuação dos engenheiros sanitaristas da Cosanpa é voltada para garantir mais qualidade de vida para a população
Atividade desses profissionais é considerada fundamental para prestação do serviço de abastecimento nas cidades
Nesta terça-feira (13), comemora-se o Dia do Engenheiro Sanitarista. A data foi instituída pelo Decreto nº 53.697. Muitos desconhecem o trabalho desses profissionais, mas a atuação dos engenheiros sanitaristas na Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) vai desde o planejamento de Sistemas de Saneamento Básico até a efetiva operação e monitoramento dos projetos. São diferentes funções, porém, com os mesmos objetivos: garantir qualidade de vida, preservar a saúde pública e o bem-estar da população,por meio do fornecimento de água e tratamento de esgoto sanitário.
O engenheiro sanitarista Arthur Arrais atua na Unidade de Projetos e Meio Ambiente da Companhia há três anos, desde quando se formou. No setor, são planejadas a elaboração de sistemas, as expansões, as implantações e a otimização dos serviços para aumentar o atendimento e melhorar os indicadores de saneamento básico no Estado.
“O que me encanta na profissão é a relação estrita entre o saneamento básico e a qualidade de vida da população. Não tem como desassociar um do outro. Saneamento básico é saúde pública, é dignidade. É o maior privilégio para um sanitarista, estar dentro da Companhia, que é a maior prestadora de serviços do Estado, operando em 53 municípios”, ressalta o profissional.
Outra atuação fundamental dos engenheiros sanitaristas da Cosanpa é à frente das obras. Tatiana Costa atua desde 2014 na Companhia como engenheira sanitarista e comanda, há dois anos, as obras de substituição de redes de distribuição de água na capital. Mais de 90% dos 180 quilômetros de redes novas previstas já foram implantadas.
“O profissional atua na verificação da condição hidráulica das obras. Através da utilização de softwares de última geração, verificamos como a água vai se comportar dentro da rede e efetivamos o projeto na prática. A responsabilidade é muito grande porque tiramos o sonho do papel e vemos ele sendo realizado”, ressalta a engenheira.
Tatiana Costa ainda reforça a importância do papel de mulheres atuando na engenharia. Ainda que seja um grande desafio, a sanitarista afirma que as mulheres vêm ocupando, a cada dia, mais cargos no campo profissional, que antes era predominantemente masculino.
“O lugar da mulher é onde ela quiser. Se as engenheiras sanitaristas querem estar dentro de uma sala de aula, comandando uma obra, criando projetos, elas precisam saber que elas podem, com força, dedicação, técnica, elas podem assumir essa responsabilidade. É uma satisfação pessoal e profissional enorme pra mim por fazer parte do maior investimento da Cosanpa no Pará”, ressalta a engenheira sanitarista.
ETA Bolonha
A gestão e o monitoramento dos sistemas de tratamento, que envolvem todo o processo de captação, tratamento até a distribuição da água que chega até a casa dos consumidores, também são de responsabilidade de engenheiros sanitaristas. A Estação de Tratamento de Água (ETA) do Bolonha, que atende 65% de toda a Região Metropolitana de Belém, é um dos locais de atuação dos profissionais.
O engenheiro sanitarista, Ray Dayvd Matos, que atua na ETA, explica que o monitoramento do processo de tratamento da água até que ela chegue ao consumidor, de maneira adequada, em quantidade e qualidade, é realizado de forma ininterrupta. Os profissionais estão presentes em cada etapa do tratamento.
“Desde a captação da água bruta que flui do Rio Guamá para os lagos Água Preta e Bolonha, é monitorado o nível dos lagos e vazão. Parâmetros como a turbidez, a cor e o PH também são verificados na entrada da água bruta. É também controlada a adição de coagulantes para retirar as partículas de suspensão da água, que passa por processos de mistura lenta, de decantação, de filtração e de eliminação de bactérias, para entregar aos paraenses uma água límpida, que atende aos padrões indicados”, explica o engenheiro.