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Conheça espaços de produção científica do Estado acessíveis ao público na capital

Dia Nacional da Ciência é comemorado nesta quinta-feira (8) 

Por Giovanna Abreu (SECOM)
08/07/2021 12h51

Parque Estadual do Utinga Camilo Vianna, em Belém, é um dos espaços de conservação e de conscientização sobre os recursos naturais O conhecimento gerado por meio de pesquisas transforma, salva e impulsiona grandes avanços. Em celebração ao Dia Nacional da Ciência, comemorado nesta quinta-feira (8), o Governo do Estado destaca investimentos para a produção e para a divulgação científica de espaços que estão à disposição do público, como o Centro de Ciências e Planetário do Pará (CCPP), Parque Estadual do Utinga Camilo Vianna e Arquivo Público do Estado do Pará (Apep). 

Estabelecida por meio da Lei nº 10.221/2001, a data homenageia o dia da criação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e reforça a importância da ciência e do saber científico para o desenvolvimento social. O titular da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), Carlos Maneschy, afirma que os marcos mais importantes do avanço civilizatório foram registrados por intermédio da ciência.

“Diante da crise sanitária que vivenciamos, torna-se bem evidente o papel protagonista que a ciência representa na vida das pessoas, desenvolvendo vacinas contra a Covid-19, em tempo célere. Compreendendo a natureza estratégica da ciência para o desenvolvimento socioeconômico, e o Governo vem fazendo investimentos de vulto em pesquisa, formação de recursos humanos e inovação tecnológica”, ressalta o secretário. 

Em 2021, já foram aplicados em torno de R$ 30 milhões para tornar o Pará um ambiente favorável para a formação de talentos profissionais e para o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores.

Planetário

Espaço de divulgação, proposição e aplicação de conhecimento em ciências, o Centro de Ciências e Planetário do Pará (CCPP) é o primeiro da região Norte do Brasil. Vinculado à Universidade do Estado do Pará (Uepa), o espaço, que foi fundado em 1999, busca disseminar o conhecimento da astronomia e áreas afins, como física, química, biologia e matemática, além da cultura e educação científica.

“O planetário objetiva assegurar o acesso aos bens materiais e culturais do povo paraense e também na busca contínua para melhoria de ações, projetos, a fim de cumprir uma missão institucional da nossa Universidade, que é difundir, promover e aplicar o conhecimento em ciência por meio de uma maior interação com os visitantes que ali vão ao nosso espaço, por meio de experimentos, exposições e outras atividades”, destaca a diretora do CCPP, Acylena Coelho.  

As visitas presenciais ao espaço estão suspensas em decorrência da pandemia, mas o Planetário tem oferecido atividades virtuais para que os visitantes consigam ainda assim ter novas experiências, como o projeto Planetário Virtual. A previsão é de que as visitas presenciais sejam retomadas ainda no segundo semestre de 2021, com número de visitantes limitados. 

O Planetário é localizado na Av. Augusto Montenegro, s/n - Km 03 - Mangueirão, em Belém.

Parque do Utinga

O Parque Estadual do Utinga Camilo Vianna é um dos espaços de conservação utilizados pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (IDEFLOR-Bio) para gerar conhecimento científico por meio de projetos de pesquisa, que fortalecem e preservam a biodiversidade do Parque, além de incentivar o turismo ecológico. O projeto Flora do Utinga, por exemplo, já catalogou, desde 2018, cerca de 700 espécies de fungos e plantas do Parque, muitas registradas pela primeira vez no Pará. 

O biólogo do IDEFLOR-Bio, Waldemar Jr., assegura que por meio da ciência, a sociedade compreende melhor a importância da natureza e cada descoberta reforça a relevância das informações geradas pelo conhecimento científico. “O Parque do Utinga tem uma relevância ímpar, pois além de ser um espaço de lazer à comunidade, também desenvolve atividades científicas, culturais, educativas, turísticas, recreativas, e de preservação da fauna, da flora e de seus recursos hídricos”, assegura. 

Localizado na Av. João Paulo II, s/n, o Parque funciona diariamente, das 6h às 17h, com exceção das terças-feiras, dia em que o parque fica fechado para manutenção interna. A entrada é gratuita.

Arquivo Público

Gerenciado por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), o Arquivo Público do Estado do Pará (Apep) é a maior referência de pesquisa histórica da Amazônia. São aproximadamente 4 milhões de documentos que abrangem o período de 1655 a 2008, que perpassam pelo período colonial, imperial e republicano. 

O diretor do Apep, Leonardo Torii, explica que não só historiadores que fazem buscas, mas profissionais de outras áreas também, como advogados, biólogos, antropólogos e sociólogos. O Arquivo possui um projeto de digitalização da documentação, que envolve processos de conservação e preservação para garantir a integridade das informações. Cerca de 300 mil documentos já foram digitalizados. 

“É possível pesquisar na documentação do Arquivo Público qualquer assunto que você possa imaginar. Posso dizer que as temáticas são infinitas, tudo e qualquer coisa referente à história, está no Apep, porque abrange um período muito completo. O Arquivo também oferta oficinas para o público em geral sobre conservação e preservação de documentos em suporte de papel, com duração de 15 dias. Ao final, o participante ganha uma carga horária e trabalha na documentação do arquivo público também”, ressalta o diretor.  

O Arquivo Público fica localizado na travessa Campos Sales nº 273, no bairro da Campina, em Belém e funciona das 9h às 15h. Pesquisadores que desejarem consultar o acervo do Arquivo devem agendar sua visita através do e-mail pesquisaagendada@yahoo.com.br.