Projeto Direitos Humanos em Cena apresenta resultados
Nesta sexta-feira (10) o projeto Direitos Humanos em Cena apresentou os resultados gerais alcançados nas três escolas públicas participantes: Zulima Vergolino Dias, Dona Helena Guilhon e Benjamin Constant. O evento marcou o fim das atividades da ação, desenvolvida pela Coordenadoria de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e ao Trabalho Escravo, da Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).
O projeto iniciou atividades nas três escolas no ano de 2016 e surgiu com a proposta de trabalhar a temática dos direitos humanos de maneira dinâmica no ambiente escolar. O intuito é sensibilizar os jovens a partir de discussões temáticas e incentivar o reconhecimento de atitudes preventivas em situações que ferem os direitos humanos.
Segundo a assistente social Jeanete Gomes, idealizadora do trabalho, o projeto alcançou o objetivo de chegar aos jovens, com a participação de 126 alunos e a colaboração de nove professores. “Muitos, antes do início das atividades, não tinham a noção exata do que eram os direitos humanos. Ao fim do projeto, percebemos que esse quadro mudou, pois agora a maioria dos alunos consegue debater a respeito das temáticas que abordamos em sala de aula”, afirma.
Entre os alunos que participaram ativamente do projeto está Alinne dos Santos, estudante do nono ano da escola Benjamin Constant. Para ela, o projeto foi esclarecedor, pois mostrou violações dos direitos humanos que antes não conhecia. “Percebi o quão importante é saber sobre os seus direitos. Nós, jovens, temos que ter consciência que temos direitos e que eles devem ser respeitados. Hoje, infelizmente, alguns sofrem com a violência do dia a dia. Graças ao projeto, temos a possibilidade de disseminar e multiplicar esse aprendizado e mostrar aos jovens que eles também têm direitos”, disse.
O Direitos Humanos em Cena também contou com a colaboração das coordenações pedagógicas das escolas. “Já trabalhávamos em cima dos direitos humanos, então o projeto somente agregou a esta causa. Graças a ele, hoje nossos alunos têm consciência sobre temas importantes, como diversidade de gênero, e sabem identificar problemas como violência contra a mulher. Além disso, percebemos que o dia a dia na escola mudou. Antes, tínhamos casos de bullying envolvendo os jovens, mas agora esses diminuíram muito”, disse a coordenadora pedagógica da escola Benjamin Constant, Ana Carolina Pinto.
Para a diretora da escola Zulima Vergolino Dias, Adylles Viana, o projeto deu uma nova visão aos jovens. “Ver como o projeto abordou temas importantíssimos para a formação dos alunos me deixou bastante alegre. A partir deste ano eles seguem para o ensino médio, mas levando consigo tudo o que aprenderam sobre direitos humanos. A escola está de portas abertas para o projeto”, afirmou.
O aprendizado sobre os direitos humanos também foi um diferencial em sala de aula, explica o professor Alexandre Ranieri, da escola Benjamin Constant. “O projeto mudou a dinâmica da escola, principalmente em sala de aula. Hoje os alunos conseguem debater sobre diversas temáticas, e isso reflete também no desenvolvimento acadêmico. Eles estão escrevendo melhor as redações e tiveram uma melhora significativa em língua portuguesa”, explica.
Durante o ano o projeto teve a parceria de órgãos das esferas municipal, estadual e federal. Entre os parceiros estão: Coordenadoria de Ações Educativas Complementares, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Grupo de Mulheres Prostitutas do Pará (Gempac), Hospital Cynthia Charone, Universidade Federal do Pará (UFPA), Faculdade Metropolitana da Amazônia (Famaz) e Instituto Universidade Popular (Unipop), entre muitas outras ONGs e instituições. Ao total, foram 26 parceiros no total.
Para este ano de 2017, o foco é a formação dos professores. Além disso, outros projetos serão idealizados, como o Protegendo Sonhos, que fará ações sobre direitos humanos no âmbito esportivo, e o Direitos Humanos em Cena no Sistema Penintenciário.
“Trabalhamos na Sejudh com o intuito de propagar todas as temáticas dos direitos humanos. É com orgulho e felicidade que vejo que deixamos grandes resultados nesses jovens, que serão multiplicadores de tudo o que foi aprendido durante as atividades do projeto. Nada disso seria possível se não fossem os parceiros, professores e coordenadores, que abriram as portas para nós. A Sejudh só tem a agradecer pela colaboração de todos”, reconheceu o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Michell Durans.