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Sedap negocia pauta de reivindicações com o Movimento Sem Terra

Por Redação - Agência PA (SECOM)
17/04/2017 00h00

O Governo do Pará vai intensificar a atuação nos assentamentos no Estado com a realização de diagnósticos rurais participativos para definição e implantação de sistemas agroflorestais nestas áreas. Nos próximos dias 25 e 26 deste mês as equipes, formadas por técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), da  Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) do Pará  e do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio), farão visitas de campo a assentamentos localizados no nordeste paraense e na região metropolitana de Belém.

As visitas de campo foram definidas durante reunião nesta segunda-feira (17), na sede da Sedap, em Belém, para discutir a pauta de reivindicações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A ação do MST faz parte da jornada nacional de luta por justiça e reforma agrária, o Abril Vermelho. Cerca de 200 integrantes do movimento estão acampados na Sedap e deverão passar a noite na sede da Secretaria. Na terça-feira (18), o MST reúne-se, às 9 horas, na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Belém.

“Como Estado temos todo o interesse em resolver os gargalos que entravam o crescimento da produção nas áreas de assentamento e vamos trabalhar para, em conjunto e dentro das possibilidades do governo, assegurar a produção e a geração de renda nas áreas de reforma agrária”, afirmou o secretário adjunto da Sedap, Afif Jawabri.

Além do adjunto da Sedap, também participaram da reunião de hoje, pelo lado do governo, representantes da Emater, do Ideflor-Bio, da Casa Civil e da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Na pauta específica da educação, ficou acertado que representantes do MST participarão da próxima reunião do Conselho Estadual de Educação, no dia 11 de maio, às 10 horas, para discutir o credenciamento das escolas do campo, uma das principais reivindicações do movimento, junto com a construção de novas escolas rurais, implantação de laboratórios de informática e ampliação do Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos nas zonas rurais.

Ainda na área da produção, o MST reivindicou o apoio do governo para a implantação de feiras itinerantes nos municípios das regiões metropolitana e nordeste, para facilitar o escoamento da produção das áreas de assentamento. O diretor de agricultura familiar da Sedap, Luiz Pinto, propôs elaboração de projeto para organizar as feiras e diz que elas vão ao encontro do projeto da Secretaria, de implantação de um cinturão verde para produção de frutas e verduras em 11 municípios da região nordeste, com a finalidade de tornar a capital autossuficiente na produção de alimentos.

A construção de viveiros de mudas, bancos de sementes e capacitação dos agricultores também foi discutida durante a reunião. O Ideflor-bio já implantou viveiros no assentamento Paulo Fonteles, em Castanhal, fruto das negociações com o MST no ano passado. Este ano, novas áreas devem ser atendidas, como o assentamento Olga Benário, no município de Acará.