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HC trabalha políticas de humanização com Carta dos Direitos e Deveres

A peça aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde será distribuída para que servidores e usuários possam ter acesso ao conteúdo e se informar sobre seus direitos e deveres    

Por Melina Marcelino (HC)
26/06/2020 15h45

Pacientes que recebem atendimento mais humanizado no ambiente hospitalar tendem a ter uma recuperação mais acelerada e eficaz. Essa é uma das premissas da Carta dos Direitos e Deveres da Pessoa Usuária da Saúde, trabalhada pela Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV), em Belém, por meio do Comitê de Humanização da unidade.Comitê de Humanização trabalha boas práticas no HC

A direção do HC defende que a Carta dos Direitos e Deveres da Pessoa Usuária da Saúde é uma importante ferramenta para que todos que utilizam o serviço público de saúde conheçam seus direitos e possam ajudar o país a ter um sistema com mais qualidade. O documento aprovado pelo Conselho Nacional de Saúde em junho de 2009, foi renovado em 2017.

Na Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV), o Comitê de Humanização entende que para construir um atendimento mais humanizado é preciso que gestores, servidores e usuários possam ter um relacionamento de bem-estar, fidelidade e ética entre si.  O Comitê de Humanização quer assegurar sobretudo assistência adequada a cada usuário e implementar ações para a socialização entre gestores, servidores e usuários.

Chefe do Comitê de Humanização da FHCGV, Enedina Campos enfatiza o potencial da construção de relações humanizadas no ambiente hospitalar.  “A humanização é responsável em criar uma relação humanizada entre o usuário, gestores e servidores, de uma forma que todos possam se sentir bem e satisfeitos convivendo no mesmo ambiente’’.

As rodas de conversas são importantes na divulgação de informações sobre a Carta dos Direitos e Deveres da Pessoa Usuária da Saúde“O Comitê de Humanização da FHCGV, com o foco de se responsabilizar pelo bem-estar dos  usuários e servidores, disponibilizou a Carta dos Direitos e Deveres da Pessoa Usuária da Saúde, para permitir que os pacientes possam ter seus direitos e, nós garantirmos a melhoria e continuidade dos processos de trabalho em cada setor da Fundação”, explicou a chefia do Comitê.

A Carta dos Direitos e Deveres da Pessoa Usuária da Saúde aborda os direitos e deveres dos usuários do SUS na procura por atendimento de saúde. O documento tem sete diretrizes: Direito à Saúde, Tratamento adequado, Atendimento humanizado, Direitos, Corresponsabilidade, Direito à informação e Participação.

Internado no HC, o aposentado Luiz Guilherme Santos, de 61 anos, foi um dos pacientes que se beneficiou com o uso de tablets Entre as ações postas em prática, destaque para a disponibilidade de tablets para pacientes internados se comunicarem por meio de videochamadas com seus familiares. A ação em parceria com o Grupo Técnico de Informática (GTI) do hospital, vem ajudando a minimizar o sentimento de angústia de pacientes da Covid-19.

“Hospitalizados, são acometidos de um adoecimento que gera muitos tipos de lutos. O primeiro, refere à perda da própria saúde para uma doença com repercussões incertas; o segundo diz respeito à morte de parentes e amigos de forma inesperada; e o terceiro refere-se à perda de projetos e da incerteza diante da vida”, enfatiza a psicóloga Teresa Rocha.

O aposentado Luiz Guilherme Santos, de 61 anos, foi um dos pacientes que utilizou o tablet. Ele foi internado com diagnóstico de infarto, e suspeita de contaminação por Covid-19, passou por um cateterismo - procedimento realizado por meio da inserção de cateteres nos vasos sanguíneos das pernas ou dos braços que são guiados até o coração por um equipamento especial de raios-X, para desobstrução de artérias.

Durante o isolamento, Luiz Guilherme conversou por videochamadas com seus familiares, aproveitou para matar saudades da esposa e até resolveu negócios de família com um dos filhos.

A direção do HC defende que são ações como essa que geram segurança, confiabilidade e bem-estar entre usuários e profissionais, o que facilita o desenvolvimento e funcionalidade do hospital. O Comitê de Humanização da FHCGV tem nove membros efetivos e um total de 21 setores com 41 apoiadores.

CONFIRA AS PRÁTICAS HUMANIZADORAS TRABALHADAS NO HC:

Ouvidoria - onde se tem acesso a sugestão, reclamação e elogios;

Acolhimento com classificação de risco, na nova triagem onde é feita a classificação dos serviços para o encaminhamento devido dentro de especialidades;

Acolhimento com resolutividade para que as recepções do hospital possam recepcionar o usuário de forma correta e dar o retorno que ele precisa;

Clínica ampliada - o objetivo é analisar a perspectiva de todos os profissionais e assim dar um diagnóstico mais efetivo para retorno do usuários;

Ambiência – melhora dos processos de limpeza, o que inclui, iluminação e móveis;

Valorização do trabalhador, trabalhando junto com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) e o Núcleo de Gestão de Pessoas (NUGEPES) para criar ações conjuntas para ajudar e auxiliar o estado de saúde do trabalhador.

O Comitê realiza, ainda, rodas de conversas para divulgar informações sobre a Carta dos Direitos e Deveres da Pessoa Usuária da Saúde, e assim, levar à coordenação de cada setor o que pode ser melhorado no ambiente hospitalar e também desenvolver ações de humanização com os usuários da saúde.

 

A CARTA TEM BASE EM SETE PRINCÍPIOS DE CIDADANIA:

1- Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado dos sistemas de saúde.

2- Todo cidadão tem o direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema.

3- Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação.

4- Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e cultura de direitos.

5- Todo cidadão também tem corresponsabilidade para que seu tratamento aconteça da forma adequada.

6- Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios anteriores sejam cumpridos.

7- Todo cidadão tem direito à informação sobre os serviços de saúde e aos diversos mecanismos de participação dos conselhos das conferências de saúde e de exigir que os gestores federal, estadual e municipal cumpram com os princípios desta carta.