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Policlínica Metropolitana atende mais de 30 mil em Belém no primeiro mês e se expande para outros municípios

Nesse período, serviço na unidade foi direcionado para pacientes com sintomas leves e moderados de Covid-19

Por Carol Menezes (SECOM)
21/05/2020 11h16

Em um mês, a Policlínica Metropolitana realizou 31.800 procedimentos, entre consultas, exames e encaminhamentos para internações de pacientes com sintomas da Covid-19, e segue, na capital e no interior, trabalhando para atender a demanda e evitar a superlotação dos sistemas municipais de saúde das redes pública e particular.

Em média, mais de mil atendimentos foram realizados por dia

Com consultórios equipados e profissionais habilitados, a unidade tem capacidade para fazer até 1.000 atendimentos por dia, e funciona de domingo a domingo, das 7h às 19h. Como não se trata de um espaço para serviço de urgência e emergência, atende somente casos de baixa e média complexidade, que são avaliados por equipe qualificada. Sendo avaliado necessário, pacientes são encaminhados para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

A partir do anúncio de que a Poli Metropolitana teria o perfil de atendimento modificado para receber pacientes que relatavam dificuldades de atendimento em UPAs, Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e prontos-socorros, a equipe médica e técnica se empenhou de imediato na adaptação. A inclusão de mais uma unidade de referência tinha e segue tendo como objetivo o atendimento de pacientes em fase inicial da doença, buscando evitar assim o agravamento e consequente internação.

"Em 24 horas mudamos a vocação de uma unidade, antes voltada a atendimentos ambulatoriais, para uma porta aberta a casos leves e moderados de sintomas do novo coronavírus. A demanda reprimida era grande e houve muita dificuldade, porque àquela altura muitos espaços de atendimento públicos e particulares estavam fechados, e os pacientes correram para a Policlínica. Mudando as estratégias, fomos enquadrando as operações e resolvendo os casos", relata o coordenador de contingência da Policlínica, Sipriano Ferraz.

Em Santo Antônio do Tauá, foram realizados 700 procedimentosO sucesso da estratégia fez com que o serviço fosse estendido ao interior do Estado. Desde o dia 14 de maio, a versão itinerante já passou por Santo Antônio do Tauá, onde foram realizados 700 procedimentos; e Castanhal, com 1.090 atendimentos feitos até agora - os atendimentos seguem até sexta-feira (22). A estrutura móvel conta com cinco consultórios, sendo quatro montados sobre uma carreta e o quinto em uma van. Uma ambulância integra a iniciativa, assim como um tomógrafo para a realização de exames de captação de imagens em alta definição.

“Estamos incrementando mais um serviço do governo do Estado para colaborar no enfrentamento ao coronavírus. O programa Policlínica Itinerante foi criado para atender pacientes com síndrome aguda respiratória. O mesmo serviço que a Policlínica Metropolitana vem desenvolvendo em Belém será feito agora de forma móvel, atendendo cidades do interior do Estado”, frisou o governador Helder Barbalho à ocasião. 

Diagnóstico - Quarenta profissionais, sendo 28 da área de saúde, fazem parte da equipe que já percorre o estado. Entre as especialidades que são levadas às cidades estão: clínica geral, pneumologia e pediatria. Participam dessa ação médicos, farmacêuticos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, técnicos administrativos e a estimativa é que sejam atendidas cerca de 150 pessoas por dia em cada cidade. Os pacientes, que forem diagnosticados com síndrome aguda respiratória recebem a medicação apropriada para o tratamento, conforme orientação da equipe médica.Unidade passou a atender pacientes com sintomas leves e moderados de Covid-19

Identificar o caso no início, a partir da história clínica do paciente, é fundamental para evitar que a doença evolua. “Quando há necessidade, por exemplo, o médico auscultou o pulmão do paciente, a saturação de oxigênio não está boa, já solicita a tomografia de tórax, sendo possível a liberação na hora do resultado para avaliar a necessidade de internação, conforme o grau de comprometimento pulmonar”, justifica Sipriano. 

Ele reconhece ainda os esforços de todos os profissionais envolvidos. "Sabemos que existe um fluxo, uma estratégia, mas tudo o que conseguimos é também por conta da união do grupo. Profissionais de saúde fazendo todos os papeis necessários para atender cada demanda que chegava. Não se vence uma guerra sozinho e estamos ali para fazer o bem às pessoas", exalta o coordenador.