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Governo do Pará discute com setor produtivo a retomada das atividades econômicas no Estado

Por Kátia Aguiar (COHAB)
20/05/2020 18h00

O governador Helder Barbalho se reuniu, nesta quarta-feira (20), no Palácio dos Despachos, com representantes do setor produtivo para discutir a retomada das atividades econômicas, que estão suspensas no Estado por conta da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus.

O secretário de Saúde do Estado, Alberto Beltrame, ao lado de sua equipe técnica, apresentou aos presentes, na abertura da reunião, o comportamento da Covid-19 no Estado do Pará, revelando a tendência do aumento do número de casos no interior do Estado e da necessidade de ampliação dos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) nesses municípios.

Alberto Beltrame titular da Sespa“O retorno das atividades econômicas precisa ser gradual e com a convicção de que não há riscos de ocorrer uma segunda onda de contaminação nas regiões onde o pico já chegou ao platô e começou a declinar, assim como estarmos preparados para o avanço da doença no interior ”, disse Beltrame,  titular da Sespa.  

UTIs - Ao todo, a rede pública do Pará tem em funcionamento 390 leitos exclusivos para UTI. Por isso, a solução para a questão está na ampliação do número para 600 ou o deslocamento de leitos de áreas, como a RMB, que passa pelo pico da doença, para outros municípios que ainda podem sofrer aumento do número de casos.

Para reforçar a informação da queda dos números de casos na região metropolitana, o governador destacou que, nesta quarta-feira (20), entraram no sistema de notificação 80 óbitos no Pará, no entanto, apenas dois deles são ocorridos no dia, mesmo assim, são do interior do Pará, um de Concórdia e outro de Cametá, nenhum registrado na região metropolitana.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Adler Silveira, apresentou durante a reunião, o projeto “Retoma Pará”, que prevê a metodologia para a retomada responsável, garantida, controlada, monitorada e transparente das atividades não essenciais no Pará. A partir das diretrizes, o governo receberá, até o dia 25 deste mês, sugestões de representantes dos setores produtivo, religioso e demais entes da sociedade para a definição de orientações para reabertura gradual.

Adler Silveira, titular da Sedeme

“A reabertura está condicionada ao achatamento das curva, associada a questão da capacidade do sistema de saúde em absorver parte dessas pessoas que possam vir a contrair o coronavírus. A partir desse princípio, será definido a retomada a partir de protocolos de comportamento que nos traga a segurança necessária para que os setores da economia possam voltar a funcionar sem risco para a sociedade". Adler Silveira, secretário da Sedeme.

Segundo o governador do Estado, Helder Barbalho, todo o projeto foi elaborado pelas áreas econômica e de saúde do governo, tendo como base as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), e com foco na preservação da vida.

Helder Barbalho, governador do Pará

“A reabertura das atividades será feita da mesma forma que foi realizado o fechamento: de forma gradual, por meio de decreto, baseada em  orientações da Sespa, e depois de referendadas pelo inquérito epidemiológico que vamos começar a fazer a partir da segunda-feira que vem, 25 de maio”, detalhou  Helder Barbalho.

O inquérito epidemiológico será por amostragem, em municípios que apresentaram maior número de casos, e como pretende testar cerca de 30 mil pessoas a Covid-19, por amostragem, nos moldes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), terá maior margem de segurança.

Helder Barbalho adiantou ainda que, a retomada das atividades não essenciais deve ser feita de forma regionalizada, levando-se em consideração o perfil epidemiológico do avanço da Covid-19 e as medidas restritivas já adotadas.

“Na Região Metropolitana de Belém (RMB), provavelmente não haverá o prolongamento do lockdown, pois a doença chegou a um platô, e a tendência é o número se estabilizar e começar a cair”, disse o governador, adiantando que esse cenário só se confirma se a reabertura das atividades essenciais seguirem protocolos definidos no projeto “Retoma Pará”, e se os serviços  essenciais, que continuam abertos, mantiverem os seus protocolos de segurança de funcionamento.