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Associações quilombolas recebem equipamentos para incentivar inclusão digital e sociobioeconomia

Por meio do Fundo da Amazônia Oriental, em parceria com a Semas, 13 associações do Tocantins e Marajó foram contempladas com notebooks e apoio técnico para gestão de projetos

Por Igor Nascimento (SEMAS)
30/06/2025 20h25

Representantes de 13 associações quilombolas das regiões de Integração Tocantins e Marajó receberam, nesta segunda-feira (30), notebooks para garantir a inclusão digital e o fortalecimento institucional de suas organizações. A entrega dos equipamentos ocorreu no âmbito do Fundo da Amazônia Oriental (FAO), com doação da Fundação Gordon e Betty Moore, em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas), e execução do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).

A ação é parte da Chamada de Projetos nº 22/2024, que selecionou iniciativas voltadas ao desenvolvimento de cadeias da sociobiodiversidade em territórios quilombolas. Os equipamentos entregues representam um apoio adicional ao primeiro ciclo de desembolso, no valor de R$ 100 mil por organização, além do apoio técnico previsto por meio de treinamento em gestão de projetos, que será realizado entre os dias 1º e 4 de julho, em Belém.

Gestores do Estado, do FunBio e da Malungu participaram da entrega dos equipamentos

O evento contou com as participações do secretário de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade, Raul Protázio Romão; do presidente do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), Nilson Pinto; da secretária-adjunta de Bioeconomia, Camille Bemerguy; da gerente de Projetos do FunBio, Andréia Mello, e do coordenador executivo da Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Pará (Malungu), Hilário Moraes.

Secretário Raul Protázio destacou os avanços na gestão de projetos

Passo concreto - “Estamos muito felizes em contribuir com o fortalecimento das associações quilombolas. A entrega dos notebooks é mais do que um gesto; é um passo concreto rumo à inclusão digital dessas comunidades, permitindo que avancem na gestão dos projetos, na comunicação institucional e na construção de autonomia”, destacou o secretário Raul Protázio.

“Durante o processo de oficina de projetos, o Estado e os parceiros ouviram atentamente os relatos das comunidades quilombolas sobre a importância da inclusão digital. Foi a partir dessa escuta que surgiu a iniciativa de apoiar diretamente esse desafio. Por isso, a partir deste momento, o projeto passa a contribuir também com a inserção digital das associações quilombolas, por meio da doação de um notebook para cada uma das beneficiárias, fortalecendo sua atuação institucional”, complementou o titular da Semas.

Foram contempladas com notebooks, apoio técnico e financeiro as seguintes associações quilombolas: São Benedito, de Cametá; Ramal do Bacuri, de Abaetetuba; Igarapé Arirá, de Oeiras do Pará; Vila Dutra, de Baião; Anilzinho, de Baião; Caeté, de Abaetetuba e Moju; Santa Fé e Santo Antônio, de Baião; Ilha Grande de Cupijó, de Moju; Moju Miri, de Moju; Calados e Caranãzal, de Baião; Igarapé Preto a Baixinha, de Baião; Costeira, de Oeiras do Pará; e Cacoal e Divino Espírito Santo, de Moju.

Haroldo Lobo de Jesus, representante da Associação do Quilombo São Benedito, expressou sua satisfação. “Estamos muito felizes de ser contemplados. O nosso projeto fala sobre empreendedorismo para jovens e adultos, então vai auxiliar muito os nossos jovens a empreenderem. Muitos não têm emprego por falta de conhecimento, e com esse projeto nós temos certeza que, com os computadores que a gente vai receber e a estruturação da nossa sede, isso vai fazer com que nossos jovens busquem caminhos melhores para as nossas comunidades”, disse.

Expectativa - Sara Rodrigues, das comunidades de Cacoal e Divino Espírito Santo, em Moju, ressaltou a importância da iniciativa para os territórios quilombolas. “É um marco pra nós no Estado, pois é um projeto que vai ajudar muito, não só o meu território, mas o território de várias comunidades do Estado. E a gente está com uma expectativa muito boa pra que esse projeto possa acontecer e que, futuramente, possa ter outros ciclos, para que outras comunidades também sejam contempladas, assim como a minha”, afirmou.

Segundo Hilário Moraes, da Malungu, “nós celebramos um dia muito importante pra nós, da Malungu. Hoje, com a assinatura dos contratos das cadeias produtivas dos territórios quilombolas da região do Tocantins e Marajó, celebramos esse pacto que foi feito, e com muito entusiasmo, para que nós possamos realmente produzir com qualidade”.

O processo de apoio começou com um edital de manifestação de interesse, seguido de uma oficina de capacitação para elaboração de projetos, da qual participaram representantes de 30 organizações.

O objetivo da iniciativa é também oferecer orientação continuada em ciclos formativos para gestão de projetos e fortalecimento institucional. A meta é promover investimentos estratégicos em cadeias de valor e arranjos produtivos locais, reduzindo os custos de transação e ampliando as oportunidades de negócios sustentáveis nas regiões contempladas pelo projeto.