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CORONAVÍRUS

Hospital de Clínicas alerta para os riscos da covid-19 em cardíacos

Entenda de que forma a doença pode prejudicar ainda mais os cardiopatas

Por Melina Marcelino (HC)
23/03/2020 16h00

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), pessoas que possuem alguma doença cardíaca são mais vulneráveis ao coronavírus. Essas pessoas apresentam deficiência de imunidade, o que compromete a defesa do organismo contra o vírus.

Para Maurício Fortuna, chefe da Cirurgia Cardíaca da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV), as pessoas com doenças cardiovasculares, disfunção cardíaca grave, problemas nas válvulas e pessoas com doenças cardíacas congênitas, ou adquirida, são mais vulneráveis às complicações da covid-19. 

“De regra, pacientes cardiopatas têm maior risco de complicações, naturalmente, por ter uma condição cardiopulmonar debilitada. O vírus causa um grave processo inflamatório precoce nos pulmões, e isso piora a condição cardiovascular ao ponto do paciente ter insuficiência respiratória aguda, o que pode levar à morte”, explica o médico.

A orientação  para os pacientes cardiopatas é ficar em casa, atentos aos sintomas do novo coronavírus e procurar atendimento médico caso seja necessário.

“Inicialmente, o paciente deve evitar a automedicação e, na medida do possível, entrar em contato e fazer acompanhamento com um médico. Se o paciente tem desconforto clínico, está em espera de um procedimento cirúrgico, ele deve procurar o médico para discutir os riscos e benefícios de uma internação médica. Até porque os hospitais são uma fonte de contágios, então tudo isso tem que ser revisto caso a caso”, aconselha Maurício Fortuna. 

Outras medidas importantes que devem ser tomadas, são as recomendações básicas como: lavar bem as mãos, evitar aglomerações e ficar longe de pessoas que têm algum tipo de infecção, e caso perceba que o paciente apresente tosse seca, febre e falta de ar, procurar imediatamente ajuda médica. 

Prevenção

Por ser referência no tratamento de pacientes com doenças cardiovasculares, a FHCGV também vem adotando medidas preventivas no combate ao coronavírus. A direção estabeleceu, temporariamente, novas regras gerais para acesso e atendimento aos usuários. 

As consultas, exames de laboratório e de imagem e as cirurgias ambulatoriais, foram suspensas ou reduzidas, com a presença nesses setores de um quantitativo mínimo para o atendimento aos usuários que se dirigirem ao hospital. Os atendimentos serão reagendados após 90 ou 120 dias. Casos excepcionais serão avaliados. 

Tendo em vista a necessidade de uma possível utilização de leitos para pacientes suspeitos ou confirmados com covid-19, as cirurgias eletivas foram suspensas, devendo ser reagendadas após 90 ou 120 dias. 

A visitas às UTIs foram reduzidas para uma vez ao dia (só à tarde), e será permitida a entrada de um (1) visitante. O boletim médico será feito, a beira-leito. Por hora, as visitas estendidas e ampliadas estão suspensas. Nas enfermarias as visitas foram suspensas e os pacientes terão direito a um (1) acompanhante. As emergências de psiquiatria e cardiologia continuam abertas e funcionando normalmente na Travessa Alferes Costa s/n.