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Projeto Miyawaki promove plantio de 7800 espécies no Parque do Utinga

Por Pryscila Margarido (IDEFLOR-BIO)
02/09/2019 14h33

Entre janeiro a junho deste ano, um total de 7.800 mudas de espécies florestais e frutíferas foram cultivadas em uma área alterada dentro do Parque Estadual do Utinga, em Belém, com a implantação do projeto Miyawaki. Realizado por meio de parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio) e o Instituto Amigos da Floresta Amazônica (Asflora), o projeto é uma iniciativa da Mitsubishi Corporation, uma companhia japonesa sediada em Tóquio.

Na última quarta-feira (28), os representantes do grupo visitaram a área de plantio. A comitiva foi recebida pelo gerente do Parque do Utinga, Ivan Santos, sendo composta por Michael Lagowski, responsável pelo setor de Responsabilidade Social e Corporativa – Mitsubishi Japão; Takuya Sahashi, diretor administrativo do Departamento Estratégico Corporativo – Mitsubishi Brasil, além de Norie Oka, membro do Departamento Estratégico Corporativo – Mitsubishi do Brasil. 


“O grupo Mitsubishi Corporation é responsável pelo projeto de reflorestamento, através do Sistema Miyawaki, que recupera áreas alteradas não somente dentro do Parque como em outras áreas da Região Metropolitana de Belém. O Ideflor-Bio reconhece a importância da iniciativa e agradece a parceria com o grupo e Asflora”, pontua o gestor do Parque, Ivan Santos.

ETAPAS – O projeto Miyawaki foi desenvolvido em três etapas. A primeira ocorreu no período de 3 a 8 de janeiro deste ano, com análise, diagnóstico e identificação de áreas potenciais para o plantio. A segunda fase foi de 15 de janeiro a 22 de fevereiro, com início da execução e realização do sistema de adensamento florestal. Já a terceira fase foi de 23 de fevereiro a 4 de junho deste ano, com o manejo da área e finalização do plantio das 7.800 mudas. Agora, o projeto continua com o monitoramento da vegetação.

O projeto é tema do Trabalho de Conclusão de Curso da estagiária do Ideflor-Bio, Gabriela Carvalho. Graduanda em engenharia ambiental e sanitária, ela participou da implantação do sistema. “Por ter participado, vi a importância do projeto para o reflorestamento da área, que fez com que eu mudasse o modo de pensar sobre isso”, assinala.

PROJETO – Conhecido mundialmente, o professor emérito da Universidade Nacional de Yokorama (Japão), Akira Miyawaki desenvolve estudos há 36 anos, em mais de 330 localidades em todo o mundo, para fazer o reflorestamento, recuperando e criando ambientes semelhantes aos das florestas nativas.

O sistema Miyawaki prevê um plantio adensado com 2 a 3 mudas por metro quadrado, com plantio sem definição de espaçamento entre as mudas. O método originou-se da combinação de conceitos acerca do potencial da vegetação natural, no qual o professor teve a oportunidade de estudar na Alemanha e sobre a ideia tradicional japonesa das florestas-santuários.