Situação de refugiados é discutida em Santarém
A ideia é estreitar os laços, especialmente com o município do oeste paraense, que recebe um fluxo cada vez maior de venezuelanos.O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados – ACNUR, em parceria com o Comitê Nacional para refugiados (Conare), realizaram nesta quarta-feira (7), em Santarém, um workshop para divulgar as estatísticas sobre a situação de refugiados no Brasil. A agência está presente no Estado do Pará desde de abril, com a ideia é estreitar os laços, especialmente com o município do oeste paraense, que recebe um fluxo cada vez maior de venezuelanos.
“Esse momento é para estreitar a comunicação e a parceria, tanto com a Secretária Regional de Governo quanto com as outras instituições, Polícia Federal, Defensoria Pública da União, Defensoria Pública do Estado, Ministério Público. No Brasil, são aproximadamente 11.500 refugiados. Esses dados ficam disponíveis no site do Ministério da Justiça, onde todos podem acompanhar”, explicou a coordenadora de Políticas de Refúgio, Gabriela Oliveira.
O evento foi realizado no Centro Regional de Governo do Oeste do Pará e também teve como objetivo treinar a rede de proteção envolvida, assim como os aspectos técnicos e administrativos do processo de solicitação de reconhecimento da condição de refugiado.
“Isso só fortalece essa política importante do país, sobretudo, no trato da pessoa. Para nós é uma honra poder fazer esse trabalho. Com esses laços estreitados, com certeza quem ganha é a sociedade. Aproveito mais uma vez para parabenizar a todos que estão a frente deste trabalho a nível federal, estadual e municipal, e também das instituições não governamentais, como também os governos do Estado e dos municípios”, afirmou o secretário Regional do Oeste, Henderson Pinto.
Na ocasião, os presentes aproveitaram para destacar a plataforma interativa “SISCONARE”, sistema pelo qual o procedimento de recebimento e análise dos pedidos de reconhecimento da condição de refugiado é realizado.
“Com essa plataforma, o processo de documentação das pessoas que estão pedindo refúgio será mais fácil. Agora a pessoa que pede em Roraima, por exemplo, para renovar a documentação no Pará, seja em Belém, Santarém ou outra localidade, precisa conversar com o pessoal lá de Roraima para disponibilizarem o processo e a gente conseguir renovar aqui. Com a plataforma online, a pessoa pode ir até a Polícia Federal, que pesquisa pelo nome dela e realiza essa renovação sem mais burocracias”, afirmou a representante da ACNUR, Hellem Carvalho.