Nova BR é pauta de sessão na Assembleia Legislativa do Pará
A trafegabilidade e a segurança no trânsito da rodovia BR-316, hoje fortemente comprometidos, têm solução. Uma delas é a requalificação da via, projeto apresentado, na manhã desta quinta-feira (28), na Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa), pelo diretor-geral do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM), engenheiro Eduardo Ribeiro.
A sessão foi realizada para discutir a questão do engarrafamento da BR que, há pelo menos cinco décadas, faz com que a população sofra com o aumento do fluxo de veículos na Região Metropolitana de Belém (RMB).
O diretor detalhou para os parlamentares e representantes da sociedade civil organizada o cronograma da obra (ocorrerão em etapas durante 19 meses), geração de empregos, além de explicar o conjunto de ações que o Governo do Estado está realizando para minimizar os impactos e a importância do projeto para a população.
Entre os benefícios que as obras trarão estão: a redução do tempo de deslocamento na RMB; maior segurança, conforto e agilidade nos embarques e desembarques, atendendo também a necessidade das pessoas com deficiência; redução da poluição, de congestionamentos e de acidentes de trânsito, dentre outros.
“A solução técnica é o que o Governo do Estado começou a executar [desde o dia 15 de janeiro deste ano]: a requalificação da BR-316. O objetivo é racionalizar o transporte coletivo com o sistema troncal metropolitano, do ponto de vista de segurança e rapidez, e o tráfego na BR onde será implantada a obra, que vai do quilômetro 0 até o 10.8”, disse o engenheiro Eduardo Ribeiro, diretor do NGTM.
Para o representante do Governo, o debate é importante “para buscar esclarecimento junto à sociedade e aos deputados, a fim de que todos saibam o que está acontecendo”. “E que nós nos unamos para buscar soluções e as melhores alternativas para a população”, completou Robeiro.
Deputados – O presidente da sessão, o deputado estadual Eliel Faustino, afirmou que a reunião foi provocada para informar a população, para que não seja mais prejudicada com o trânsito na BR. “Hoje, tivemos a presença do Executivo, que mostrou para população como a obra vai ocorrer”, comentou.
O morador de Ananindeua Alessandro Félix integra a Federação Nacional dos Mototaxistas (Fenamoto) e já participou de outros debates sobre o assunto. Ele acredita que a obra vai melhorar a vida das pessoas. “A gente parabeniza a Casa por essa discussão, por ouvir as categorias e a comunidade. A questão do transporte influencia no trabalho e emprego, e na geração de renda da capital. E entendemos que se precisa fazer a obra, mas que se cuide de um lado e do outro da via também”, diz.
Para o deputado estadual Ozório Juvenil, o grande motivo do debate é a obra, que já é uma realidade para a Região Metropolitana de Belém. “Se temos bônus, também temos ônus. Todas as reivindicações são justas e que as autoridades possam melhorar. Mas, teremos bônus eterno quando a obra for concluída. O governador trabalha para o desenvolvimento do Pará”.
Alagamento – Outro principal benefício que a obra da Nova BR trará é o fim do alagamento que existe em alguns pontos ao longo da rodovia, já que a via receberá trabalhos de drenagem profunda. A etapa está prevista para iniciar em julho deste ano. O problema foi um dos motivos apontado pelos moradores para um protesto, que ocorreu no início da manhã desta quinta.
“A situação é peculiar porque a Prefeitura de Belém tem uma delegação do DNIT [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes] para manter a BR até o quilômetro 1.7. O Estado tem a delegação de manter a via do km 1.7 até o km 18, que é na entrada de Benfica. Porém, aquele ponto específico se divide entre os municípios de Belém e Ananindeua”, esclarece o diretor-geral do NGTM.
Vale ressaltar ainda que a obra será realizada por etapas e, enquanto os trabalhos não começam, é de responsabilidade do município, dependendo de qual trecho compete, solucionar as questões e oferecer melhorias viárias à população. O Governo não possui nenhuma delegação das prefeituras, Belém ou Ananindeua, para realizar manutenções em vias municipais.
Participaram também da reunião o engenheiro civil Francisco Tomaz, da Secretaria de Estado de Transportes (Setran), o diretor técnico do Departamento de Trânsito do Pará (Detran), José Bento Gouveia, o deputado estadual Caveira, a advogada Cristina Louchard, da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Pará (OAB/PA); o chefe de Operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Rubens Emerson, além de outras entidades da sociedade civil.