Projeto leva esporte, cultura e lazer a adolescente em conflito com a lei
Com o objetivo de estimular nos adolescentes internos o interesse por modalidades esportivas e fomentar a participação em práticas artísticas e culturais visando à inclusão social, a Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa) apresentou oficialmente nesta terça-feira (7), no Núcleo de Esporte, Cultura e Lazer Apoena, localizado em Ananindeua, o projeto Recreio de Verão.
As ações são desenvolvidas em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que promove, ao longo deste mês, uma série de atividades pedagógicas, esportivas, rodas e oficinas de leitura, informática e gincanas, entre outros. Essas ações também ocorrerão de forma itinerante e integrada em todas as onze unidades socioeducativas da Região Metropolitana de Belém. A Fasepa estima que mais de 200 adolescentes participem das programações.
O presidente da Fasepa, Simão Bastos, diz que a perspectiva do projeto é juntar as políticas de lazer, educação e profissionalização para o desenvolvimento da socioeducação. “Estamos estabelecendo uma metodologia de trabalho que tem como foco a transformação e o desenvolvimento social destes adolescentes com o apoio de outras políticas sociais relacionadas à socioeducação, com a participação de toda a comunidade socioeducativa”, frisa.
A programação contou com prévia das atividades que ocorrem durante este mês de julho. Torneio de futebol de campo, natação, queimada e futsal foram algumas das recreações esportivas que movimentaram os jovens. A coordenadora do Apoena, Marta Santos, diz que a ideia é transformar o espaço em um centro de referência socioeducativa, “onde pretendemos convergir várias ações que possibilitem que estes adolescentes desenvolvam diferentes habilidades e descubram novas possibilidades a partir da integração, coletividade, concentração e disciplina”.
A coordenadora da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Seduc, Núlcia Azevedo, diz que está bastante otimista quanto ao desenvolvimento do projeto e ansiosa porque “é a primeira vez que um trabalho como este será feito por professores em período de férias escolares a adolescentes em conflito com a lei. Conseguimos sensibilizar os professores em relação à importância da programação no contexto socioeducativo, e a partir daí passamos a estruturar a programação juntamente com a Fasepa para que possamos avançar nestas políticas inclusivas das quais estes adolescentes necessitam”, salientou.
“Participar de uma atividade externa como essa é muito importante porque ajuda muito no cumprimento da medida socioeducativa e traz pontos positivos para o relatório, e também faz a gente esquecer toda a preocupação lá de fora. Ainda tenho um sonho em ser um jogador de futebol, e aqui brincando mantenho o meu sonho de pé”, disse um adolescente de 17 anos, que está há um ano e dois meses cumprindo medida socioeducativa. Para ele, esse calendário de ações esportivas e educacionais é uma forma de aprender cada vez mais.