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Vacinação contra aftosa chega a quase 100% no Marajó

Por Redação - Agência PA (SECOM)
19/11/2015 12h17

Na quarta-feira, dia 11, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) chegou aos números finais da etapa de vacinação no arquipélago do Marajó. Os índices de vacinações da etapa em 2015 foram acima de 90%, conforme preconizam Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) em áreas livre de febre aftosa com vacinação. Em rebanhos, a vacinação foi de 98,52% e, em propriedades, 96,33%. A etapa de vacinação iniciou dia 15 de agosto, indo até 30 de setembro, com mais 15 dias para a apresentação do atestado de controle da propriedade.

A etapa teve como alvo 15 municípios do Marajó, conhecido pelo grande rebanho de bubalinos, com cerca de 320.980 búfalos. No arquipélago, a vacinação é em período diferenciado, com duração de 45 dias, devido às condições específicas de solo, clima e regime de chuvas da região. "O índice alcançado apenas confirmou o que já era esperado. A defesa do rebanho e da economia paraense foi alcançada. Para isso, contamos com a competência e o comprometimento de nossos servidores, já que a etapa no Marajó consiste em um desafio enorme", comentou o diretor geral da Adepará, Luciano Guedes.

Gerente da regional do município de Breves, Jamir Macedo corrobora dessa opinião. Ele elenca alguns dos desafios impostos aos servidores que trabalham no arquipélago. "A questão geográfica é muito peculiar, as distâncias são enormes. Em Breves, por exemplo, 95% do trabalho é feito via fluvial, o que demanda uma estrutura maior e mais investimentos", disse. "Há uma superação nesse período. Não são ações simples, onde se vai e volta no mesmo dia. É muito comum o servidor ficar fora de casa por até uma semana, dormindo em barcos e só voltar quando o serviço está cumprido", completou Macedo.

Desde o ano passado o Pará conta com o certificado de livre da aftosa com vacinação, o que garante ao Estado o passe livre para o comércio de seu rebanho para o mercado internacional. Atualmente, apenas 25% do que é produzindo pela pecuária paraense fica para o consumo interno. O excedente vai para a exportação, daí a importância para a balança comercial local a manutenção da vacinação em dia.

Para o gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa da Adepará, George Santos, os índices atuais são reflexos de anos de trabalho árduo no campo em busca dessa liberação da carne paraense. "Para nós, foi um resultado muito positivo. Conseguimos aumentar o índice, tanto em rebanho quanto em propriedades, dando continuidade a um trabalho de anos, que vem garantindo o Pará livre de aftosa com vacinação".

Melanie Castro, diretora Técnica de Defesa e Inspeção Animal, salienta que a agência não termina após o período de vacinação e confirmação. "A Adepará possui um comprometimento diferenciado com a campanha do Marajó, realizando agulha oficial em propriedades de até 20 animais, tendo uma atenção especial com as propriedades nos municípios da zona de proteção. São realizadas ações de vigilância nas propriedades, sempre enfatizando que o Marajó possui uma única etapa, na qual o produtor rural reúne seus animais para realização das vacinações e a Adepará realiza suas ações, até mesmo como a busca de inadimplentes".