Escola Tecnológica impulsiona o ingresso de estudantes no mercado de trabalho
Encerra no dia 13 o prazo para inscrições ao processo seletivo para o preenchimento de vagas em 118 cursos ofertados por 18 escolas estaduais tecnológicas. A|té agora, mais de nove mil candidatos já se inscreveram, o que reflete o interesse, principalmente dos jovens, em se qualificar para o mercado de trabalho. E é para atender essa demanda de mercado que a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) mantém o funcionamento de um conjunto de 19 escolas tecnológicas, conciliando o ensino regular com a educação profissional no Estado.
Uma delas é a Escola Estadual de Ensino Médio e Profissional Integrada “Professor Francisco da Silva Nunes”, no bairro da Marambaia. Por ano, essa unidade escolar forma, em média, 120 estudantes, muitos deles já inseridos no mercado de trabalho ou prestes a montar seu próprio negócio, e também alunos aprovados com destaque em concursos vestibulares. É o caso de João Vítor Tavares Carneiro, aprovado, este ano, em Medicina na Universidade Federal do Pará e em Medicina Veterinária na Universidade Federal Rural da Amazônia.
A aluna do curso de Podologia, Maria da Conceição Brito e Silva aposta na formação que recebe na escola para se firmar no mercado. “O ensino aqui, na ‘Francisco Nunes’, é excelente. Gosto das aulas e os professores se dedicam mesmo a ensinar. Não é à toa que eu estou montando uma clínica com mais duas alunas do curso, antes mesmo de me formar”. Com o respaldo de 28 anos de funcionamento, a “Francisco Nunes” reúne os cursos de Enfermagem, Podologia, Nutrição, Vigilância em Saúde e Meio Ambiente.
Os cursos são ofertados em três níveis de educação profissional: Ensino Médio Integrado a Educação Profissional, para alunos com 17 anos que terminaram o Ensino Fundamental; Ensino Médio Integrado à Educação de Jovens e Adultos (EJA), para alunos com 18 anos em diante que tenham concluído o Ensino Fundamental; e a modalidade Ensino Subsequente, para quem terminou o Ensino Médio e quer fazer um curso técnico. Os cursos técnicos tem duração de dois a quatro anos.
Na Escola “Francisco Nunes”, os cursos técnicos reúnem 1.450 alunos e as aulas teóricas e práticas são ministradas por 61 professores. A sede da escola, na rua Santarém, no Conjunto Médici II, abriga as atividades pedagógicas, com destaque para o atendimento comunitário feito pelos estudantes sob supervisão dos professores nos laboratórios e espaços da instituição. “Esse atendimento à comunidade é fundamental na formação dos alunos, que também atuam nos seus respectivos estágios, e facilita o acesso da população de baixa renda, na maioria das vezes, a serviços na área da saúde”, ressalta a diretora da “Francisco Nunes”, Renata Braga.
O atendimento à comunidade pelos alunos de Podologia é feito nas segundas e quarta-feiras, a partir das 19 horas. Um serviço de podologia básica na unidade sai a R$ 15,00, como valor simbólico.
Resultados
As atividades do curso de Podologia são coordenadas pela professora Patrícia Brandão. Ela ressalta que duas alunas da instituição se formaram e abriram suas próprias clínicas. Já o curso de Meio Ambiente conta com estagiários na Sudam e na Embrapa, como explica o professor Anderson Serique. “Existe uma demanda muito grande por serviços relacionados ao meio ambiente, tanto em Belém quanto no interior do Estado. Nós sempre buscamos a melhor formação dos estudantes para o mercado e já contabilizamos algumas conquistas, como de estudantes que foram estagiar em empresas e se destacaram a ponto de serem efetivados na função”, observa Anderson.
"Teremos 54 formandos em Enfermagem este ano, e entre as atividades que os estudantes desenvolvem no curso estão as visitas e prestação de serviços, como verificação de pressão arterial e da taxa de glicemia em asilos, escolas e praças”, destaca a professora Kátia Maria Silva, coordenadora do curso de Enfermagem. Os estágios são efetuados no Hospital da Fundação Santa Casa de Misericórdia, no Pronto Socorro da 14 de Março, Hospital de Clínicas e outras unidades de saúde.
No curso de Nutrição, a intenção dos coordenadores, como destaca o professor Rafael Lennon, é expandir a rede de locais de estágios para empresas privadas. “Além das atividades realizadas em sala de aula e nos laboratórios da escola, temos estágios de produção (em cozinhas industriais) e de nutrição social (com gestantes e recém-nascidos). O curso de Vigilância em Saúde iniciou suas atividades há seis meses.