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MERCADO DE TRABALHO

Pessoas com deficiência iniciam curso sobre empreendedorismo

Por Redação - Agência PA (SECOM)
19/12/2017 00h00

Acessibilidade é uma meta a ser alcançada pelas pessoas com deficiência (PCDs). No entanto, esse objetivo muitas vezes parece inatingível, principalmente quando o assunto é mercado de trabalho. Para ajudar a superar essas dificuldades, a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) vem investindo em qualificação. Assim nasceu a parceria entre a Seaster e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PA), permitindo que 25 técnicos da Secretaria fossem capacitados em fomentação ao empreendedorismo em setembro deste ano, a fim de se tornarem multiplicadores do conhecimento adquirido.

Na manhã desta terça feira (19), esses técnicos começaram a preparar a primeira turma de PCDs, no Centro Integrado de Inclusão e Cidadania (CIIC), com 20 horas de atividades. A formação, que prossegue nesta quarta-feira (20), contempla 60 alunos, que receberão diploma da capacitação.

O projeto faz parte da iniciativa do Sebrae “Crescendo e Empreendendo”, que visa atender estudantes do ensino médio, entre 15 e 18 anos. Para atender jovens com deficiência, a instituição ampliou a faixa etária de 14 a 25 anos. “Sabemos que o mercado de trabalho tem se tornado cada vez mais competitivo e exigente, ainda mais para quem possui alguma limitação. Por isso, a Seaster, junto com o Sebrae, tem buscado impulsionar esses jovens, qualificando-os tanto para serem absorvidos como mão de obra, quanto para abrirem seus próprios negócios”, enfatizou a titular da Seaster, Ana Cunha.

Responsável por buscar a parceria entre os órgãos, a terapeuta ocupacional da Seaster, Virgínia Moraes, explicou que o curso foi adaptado para pessoas com deficiência. “Temos alunos aqui com todo tipo de deficiência, desde cadeirantes até cegos e pessoas com déficit de atenção. Por isso, temos material didático em braile, fruto de parceria com o Centur, e monitores que estarão o tempo todo auxiliando os alunos”, informou.

Via alternativa - “Espero que o curso seja mesmo satisfatório e diferencial para os usuários, porque o empreendedorismo é uma via alternativa de inclusão social, e isso é o que todos aqui vieram buscar”, afirmou Isabelle Eleres, coordenadora estadual de Programas de Evolução Empreendedora para PCDs.

O administrador Raimundo Sales, presidente da Associação de Cegos do Pará (Ascepa), viu no curso uma oportunidade de multiplicar o conhecimento dentro da instituição. “Achei muito interessante, pois esse curso vai abrir portas que eu ainda não conheço, como financiamento e como chegar até ele. Além disso, vou poder ajudar outros cegos a desenvolver o pensamento empreendedor, pois a maioria vive do Benefício de Prestação Continuada (BPC), mas eu gostaria de desenvolver um programa na instituição que melhorasse a renda dessas pessoas”, ressaltou.