Santa Casa começa a instalar mais 38 incubadoras
Referência em partos de alto risco no Pará, a Santa Casa de Misericórdia começou a instalar as 38 incubadoras neonatais adquiridas pela Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) para reforçar a qualidade do tratamento e acompanhamento dos prematuros nascidos na Unidade Materno-Infantil da instituição. Até esta terça-feira, 10, quatorze delas já estavam em funcionamento. O restante será instalado nos próximos dias. Os equipamentos, que estão sendo alocados na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI), foram assegurados pelo governo do Estado no dia 24 de fevereiro, dia em que a Fundação Santa Casa completou 395 anos.
A diretora assistencial, Norma Fonseca, explica que, além de dar suporte aos leitos da UCI, os novos equipamentos também devem ajudar a desafogar a demanda na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), onde todos os leitos já contam com incubadoras para garantir o desenvolvimento dos recém-nascidos. Hoje, somente para a Neonatologia, são ofertados 145 leitos. Destes, 120 estão divididos entre as Unidades de Cuidados Intermediários e de Tratamento Intensivo; 15 são disponibilizados para a aplicação do Método Canguru e 10 para Outras Afecções (OA).
“Nem todas as crianças que ficam na UCI precisam de incubadoras, mas isso é um ganho muito grande para o hospital como um todo, porque aproxima ainda mais a nossa UCI do padrão que temos na UTI. Isso significa mais qualidade no atendimento dessas crianças, que na maioria das vezes estão precisando de cuidados especiais, até porque grande parte das crianças que nascem aqui ou são transferidas para cá são de baixo peso e precisam manter uma temperatura corporal adequada, como forma de auxiliar no seu desenvolvimento. E é nisso que somos referência”, destaca Norma.
A neonatologista Salma Saraty reforça que a incubadora é indispensável para o desenvolvimento de bebês prematuros. “De um modo geral, a incubadora é importante para qualquer recém-nascido porque ele normalmente perde muito calor e líquido para o meio ambiente. A incubadora é exatamente o anteparo para evitar essas perdas. E o caso dessas, que já são bem modernas, além de umidificadas, as paredes são duplas. No caso dos bebês de baixo peso e prematuros, isso é fundamental para auxiliar no crescimento”.
Atendimento
Atualmente, a Santa Casa contabiliza quase oito mil partos por ano, com uma média de mais de um parto por hora. “O maior contingente do nascimento do Estado está na Santa Casa. Cerca de 60% desses partos estão dentro da nossa especialidade, que é o alto risco, e outros 14% são de bebês abaixo de 1,5 kg”, informa Norma, acrescentando ainda que, para atender à especialidade, a fundação conta com uma equipe multiprofissional, de forma ininterrupta, em plantões de 24 horas, todos os dias da semana. No ano passado, 42.683 foram atendidas no setor de acolhimento obstétrico, entre consultas ginecológicas e obstétricas.
O hospital abrange ainda outras áreas de atuação. No ano passado, a Santa Casa registrou mais de 833 mil procedimentos no complexo ambulatorial, de alta e média complexidade. No total, a fundação dispõe de 406 leitos, distribuídos prioritariamente nas unidades de terapia intensiva (UTI) neonatal e pediátrica, unidades de cuidados intermediários (UCI) neonatal, maternidade e pediatria. O hospital também é modelo no que diz respeito ao ensino e pesquisa, sendo base para a formação de muitos médicos. Segundo levantamentos da instituição, 80% dos profissionais formados trabalham no próprio Estado.
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