Sespa reafirma queda dos casos confirmados de dengue em todo o Pará
Um levantamento feito pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) desde a primeira semana do ano aponta a ocorrência de 226 casos de dengue em todo o Estado até o momento, número bem abaixo (75%) do registrado no mesmo período de 2014, quando 925 pessoas já haviam sido oficialmente diagnosticadas com a doença até a segunda semana de março. Referentes às nove semanas epidemiológicas de cada ano, os dados configuram o real cenário da dengue no Pará e agregam somente os casos com confirmação laboratorial, e não os notificados, que possuem status de supeita e não podem ser considerados conclusivos.
No cenário nacional, o Pará vem registrando uma redução gradativa dos casos de dengue, sobretudo nos dois últimos anos. O balanço de 2014 mostra que as ocorrências caíram 62% na comparação com o ano anterior: de janeiro a dezembro de 2014 foram confirmados 2.996 casos da doença. Em 2013, 7.958 pessoas foram oficialmente diagnosticadas com dengue.
Os municípios com maior incidência de casos confirmados neste ano são: Belém (96), Parauapebas (23), Altamira (17), Senador José Porfírio (15), Marabá (sete) e Santarém e Ananindeua, cada uma com dois registros. A Sespa orienta às Secretarias Municipais de Saúde que informem em um prazo de 24 horas a ocorrência de casos graves e mortes suspeitas. Todavia, nenhum óbito foi confirmado este ano em decorrência da dengue. Já em 2014 foram registradas quatro mortes por dengue no Pará, sendo que as vítimas residiam em Oriximiná (apesar da morte ter ocorrido em São Luís), em Altamira, em Ananindeua e em Vitória do Xingu. Em 2013 foram oito mortes.
A Coordenação Estadual do Programa de Controle da Dengue informa que, para a confirmação de óbitos, é necessária a investigação epidemiológica com aplicação do Protocolo de Investigação de Óbito do Ministério da Saúde, que prevê exames laboratoriais específicos em laboratórios credenciados do Estado, como Laboratório Central (Lacen) e Instituto Evandro Chagas (IEC), que são preconizados pelo Programa Nacional de Controle da Dengue para o correto encerramento de casos graves e óbitos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).
A Sespa faz o monitoramento dos 144 municípios que receberam o incentivo do Ministério da Saúde para vigilância, prevenção e controle da dengue, e distribui às prefeituras larvicidas e adulticidas. A secretaria também faz visitas técnicas aos municípios para assessoramento das ações do programa da dengue, além de apoiar a capacitação sobre o vírus Chikungunya, promovida pelo Ministério da Saúde, em Belém, no período de 30 de setembro a 2 de outubro passado, para profissionais de saúde dos 13 Centros Regionais de Saúde e municípios do Estado.
Quando há necessidade, a Sespa também faz o controle vetorial, como bloqueio de transmissão viral nas localidades e articula com órgãos municipais de saneamento e limpeza urbana, tendo em vista a melhoria da coleta e a destinação adequada de resíduos sólidos. Também fazem parte das ações atividades de educação e mobilização, visando à participação da população no controle da dengue.
Sobre febre chikungunya
O vírus da febre chikungunya também está controlado e não há registros de transmissões ocorridas dentro do Estado. O Departamento de Endemias da Sespa alerta que a preocupação com esse vírus é semelhante ao que se deve ter com o da dengue. Para ambas as doenças o tratamento é apenas paliativo, de suporte e de correção de sequelas. Logo, é preciso diminuir a incidência do mosquito transmissor.
Dos 64 casos notificados do vírus em 2014, apenas 16 foram confirmados pelo Instituto Evandro Chagas. Esses casos aconteceram em pacientes oriundos da Guiana, Caribe e Oiapoque, que manifestaram sintomas durante passagem pela capital paraense e que evoluíram para a cura, mediante assistência da Secretaria de Saúde de Belém (Sesma), com apoio da Sespa.
A febre Chikungunya é causada por um vírus do gênero Alphavirus e transmitida por mosquitos do gênero Aedes. Os sintomas da doença são semelhantes aos da dengue – febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema – e costumam durar de três a dez dias.
Serviço: Mais informações sobre dengue e febre chikungunya são fornecidas pelas Secretarias Municipais de Saúde de Ananindeua (91) 3073-2220; Marabá (94) 3324-4904; Marituba (91) 3256-8395; Santarém (94) 3524-3555, e Tucuruí (94) 3778-8378. Em Belém, além dos telefones (91) 3344-2475, 3344-2459 e 3277-2485, estão disponíveis os telefones dos Distritos Administrativos da Prefeitura: Daben (3297-3275), Daent (3276-6371), Dagua (3274-1691), Daico (3297-7059), Damos (3771-3344), Daout (3267-2859), Dasac (3244-0271) e Dabel (3277-2485).