Produtores expõem iguarias do Marajó durante o Ver-o-Peso da Cozinha Paraense
Produto de qualidade para um público mais exigente é o que está em exposição na Feira do Produtor, que faz parte da programação do maior evento gastronômico da Amazônia, o Ver-o-Peso da Cozinha Paraense. Montada no terceiro piso do shopping Boulevard, a feira divulga a produção artesanal especialmente do Marajó, tema do festival deste ano, que encerra no domingo, 31.
Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Hildegardo Nunes, que visitou a feira na noite desta segunda-feira, 25, é resultado de um trabalho que começou com a legislação que há cinco anos regula o comércio da produção artesanal paraense.
“A lei serviu de ponte para que os produtores saíssem do isolamento na ilha para ganhar novos mercados”, disse o secretário. Hildegardo Nunes conversou com os produtores, provou e aprovou iguarias, como a cachaça de jambu, o licor de bacuri, o queijo marajoara, o palmito de açaí e a geleia de pimenta de cheiro.
O queijo do Marajó, o primeiro com selo de produto artesanal paraense, é um dos mais procurados, com direito a degustação para comprovar sabor, textura e qualidade. Os licores de frutas regionais são os mais degustados, mas os campeões de venda são o licor e a cachaça de jambu, que faz os lábios tremerem. São receitas de família que atravessam gerações, como manda a tradição marajoara.
Para temperar carnes, a sugestão da chef Tânia Martins são a pasta de tucupi preto, a geleia de pimenta e o azeite com aroma de pimenta de cheiro. Na salada vai o palmito de açaí e na sobremesa chocolate e brigadeiro de colher vindos da ilha do Combu. A produtora Larissa Martins apresenta a carne de búfalo, que tem 40% menos colesterol e 55% menos caloria do que a bovina. O produto já vem limpo e embalado a vácuo.
Para os produtores a feira é importante oportunidade para divulgar a produção, que vem ganhando qualidade e competitividade no mercado. O analista de agronegócio do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), Péricles Carvalho, informou que até o final deste ano o pedido de Indicação Geográfica (IG) do queijo do Marajó já estará sob análise do Instituto Nacional de Propriedade Industrial. “Para isso, os queijeiros marajoaras estão se capacitando para a gestão do selo de IG”, concluiu Péricles Carvalho.
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