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Ciop comemora 17 anos de avanços no atendimento à população

Por Redação - Agência PA (SECOM)
29/05/2015 12h33

Os fins de semana podem prometer para alguns o descanso merecido, mas para a advogada Ruth Helena Morais já foi sinônimo de perturbação. “O time dele ganhava e ele ligava o som do carro em altíssimo volume. Cheguei a presenciar brigas de alguns vizinhos com ele por isso. A desvantagem de morar em prédio é que o som que está vindo lá de baixo chega com muita intensidade aqui em cima. Era impossível dormir. Até que precisei recorrer a uma autoridade, foi então que liguei para o Ciop”, relata.

A ligação para o Centro Integrado de Operações, da Secretaria de Segurança Pública, acionou uma equipe que resolveu o problema de Ruth Helena. “Após o telefonema apareceu uma viatura da Delegacia do Meio Ambiente e ele teve que desligar o som, a essa altura já eram quase 3h da manhã, um absurdo. Depois desse episódio, ocorrido no final do ano passado, ele deu uma parada, mas esse ano ele voltou a colocar o som no mesmo volume de novo. Liguei para o CIOP e os atendentes foram super atenciosos, ainda mais porque relatei a reincidência. A Dema veio de novo, e desde abril não escuto mais o som dele”, conta.

Perturbação sonora é a ocorrência mais comum relatada ao Ciop, que recebe, em média, mais de 14 mil ligações por dia, de toda a Região Metropolitana de Belém. “Eu diria que 80% das ocorrências são de natureza policial, os outros 20% são de toda ordem e ficam divididas entre os outros órgãos estaduais. Já existem os Centros Integrados de Comando e Controle, que estão um nível acima, e o nosso objetivo é implantar uma estrutura assim. Para isso vamos pleitear recursos financeiros, tecnológicos e humanos”, explica o diretor do Ciop, Tenente Coronel Heider Calderaro.

Nesta sexta-feira, 29, o Centro Integrado e Operações comemora 17 anos de serviços. Somente em 2014, foram mais de 3,6 milhões de denúncias. “Desde o início procuramos investir em infraestrutura para otimizar os nossos serviços. Atualmente já são 182 câmeras de monitoramento em Belém e 45 no interior. Até 2013, eram apenas 91 equipamentos de vigilância eletrônica, ou seja, dobramos o número de aparelhos instalados. As estações de monitoramento também foram ampliadas, passando de oito para 16”, comenta o diretor.

A vigilância é feita 24 horas e todos os locais monitorados são definidos em conjunto pelas seis instituições que compõem a Segurança Pública do Estado, com base em registros de ocorrência, como o Corpo de Bombeiros, que há exatos 17 anos conta com o Sargento Odinor Lima à frente desse trabalho. “Todo esse tempo que estou aqui, já vi muita coisa mudar. Os equipamentos, a comunicação, tudo hoje está é 100% melhor. Com toda a modernização, o atendimento é mais eficaz, diminuímos o tempo-resposta consideravelmente”, afirma.

Já para a policial civil Rosenete Coelho, os 17 anos marcam também sua despedida do centro. “Estou me aposentando esse ano, mas lembro de cada um dos seis anos que passei aqui. O que mais me marcou foi a morte de duas crianças, que eram irmãs, ocorridas em um final de semana, no Paracuri II. Eu estava aqui, soube da situação, foi triste, nunca esqueço desse dia. Mas também tem coisas boas, tem gente que vem aqui agradecer a gente e aí bate a sensação do dever cumprido. Vou me aposentar, mas se um dia eu puder retornar, como policial da reserva, eu volto com muito prazer, pois encontrei aqui minha segunda família”, comenta.

Serviço: O Ciop congrega o Detran, as Polícias Militar e Civil, o Corpo de Bombeiros, o Serviço de Levantamento de Acidentes de Trânsito e a Susipe, através do número 190.