Arcon vai atuar no projeto do Complexo Logístico Industrial e Portuário Paraense
Uma reunião na manhã desta segunda-feira, 1, na sede da Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos no Estado do Pará (Arcon), começou a estabelecer o papel que a Agência terá num importante projeto do governo estadual, o Complexo Logístico Industrial e Portuário Paraense, que incluirá 1.200 quilômetros de ferrovia, ligando as regiões sul ao norte do Pará.
Alfredo Barros, diretor do Núcleo de Concessões e Projetos Estratégicos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) foi um dos participantes da reunião e destacou que a importante posição estratégica do Pará em relação ao comércio internacional alavanca o projeto, cuja ferrovia será administrada pela Ferrovia Paraense (Fepasa) e que, em sua primeira etapa, ligará Marabá a Barcarena.
Na segunda etapa, a ligação será entre Santana do Araguaia a Marabá; na terceira, ligará Barcarena ao Super Porto Brasil Norte, em Colares, no nordeste do Estado. Essa terceira etapa Barcarena/Colares já está com o estudo de viabilidade adiantado.
O custo final da ferrovia será de R$ 8 bilhões, o do Super Porto Brasil Norte está orçado em R$ 6 bilhões e para o condomínio industrial, os investimentos são de R$ 2 bilhões, totalizando um total de R$ 16 bilhões em investimentos. Alfredo Barros informou, ainda, que o projeto englobará carga e passageiros.
Competência
Segundo o diretor geral da Arcon, Andrei Castro, o modal ferroviário é uma novidade para a Agência. “Atuamos exclusivamente nos segmentos terrestre e hidroviário, mas a Arcon já está tecnicamente empenhada na missão estabelecida pelo governador Simão Jatene de atuar, por exemplo, nas discussões em torno de um marco regulatório para o modal ferroviário”, disse Andrei.
Em março deste ano, foi publicada no Diário Oficial do Estado, a autorização concedida pela Sedeme à empresa Pavan Engenharia, para apresentar estudos preparatórios que demonstrem a viabilidade de uma ferrovia em território paraense, ligando o sul e sudeste do Pará até o nordeste do Estado.
A ferrovia estadual será uma concessão à iniciativa privada, responsável por todos os investimentos na implantação e operação da ferrovia. Caberá ao governo estadual a fiscalização e regulação da atividade ferroviária e esse é o segmento no qual a Arcon atua.
A ferrovia estadual possui um traçado bem maior no território paraense. Iniciaria em Santana do Araguaia e passaria por vários municípios, como Redenção, Xinguara, Marabá, Rondon, Nova Ipixuna, Ulianópolis, Paragominas, Barcarena e Colares.
Além de baixar o custo do frete, o que interessa aos produtores, o novo modal de transporte também diminui o tráfego nas estradas do Estado, aumentando a segurança para o usuário comum e tira das rodovias as carretas cada vez mais pesadas e compridas, que exigem reparos constantes.
O projeto do Complexo Logístico Industrial e Portuário Paraense (Colinport) é constituído de uma ferrovia, de um porto multicarga em Colares, no nordeste do Estado, e um condomínio Industrial Portuário para receber indústrias, próximo a esse porto.
Na fase de construção do complexo, cujo início está previsto para 2018, seriam 14 mil empregos e, durante a operação, somando os trabalhos na ferrovia, ramais, plataformas, superporto e condomínio industrial, a Pavan Engenharia estima que seriam cerca de 60 mil empregos diretos.
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