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Pará Rural já beneficia quase nove mil pessoas em todo o Pará

Por Redação - Agência PA (SECOM)
30/06/2015 19h25

A pescadora Valdenize Santos tinha apenas 13 anos de idade quando começou a acompanhar o pai mar adentro. Moradora do município de Maracanã, no nordeste do Estado, ela relembra a dificuldade que era sair e voltar no escuro, remando milhas e milhas, em busca de um pescado ora adquirido para consumo próprio, ora oferecido nos mercados da cidade. “Sempre fui envolvida com a pesca, e os benefícios que recebemos hoje, aqui, são fruto de uma luta antiga, que sempre olhou para a melhoria das condições de trabalho na nossa colônia”, diz.

A Colônia de Pescadores citada por Valdenize é a Z-7, da área territorial de Maracanã, que recentemente foi beneficiada com recursos de R$ 647 mil do Pará Rural, Programa de Redução da Pobreza e Gestão dos Recursos Naturais governo do Estado, que tem como principais metas reduzir a pobreza na zona rural e aprimorar a gestão dos recursos naturais em todo o território paraense. O valor foi usado na aquisição de equipamentos de pesca e na reforma da sede da colônia, referência para quem precisa se deslocar até o centro urbano da cidade para comercializar o pescado.

Tudo mudou com a presença do Pará Rural. Antes, os pescadores iam ao local de trabalho em canoas a remo. Hoje, tem motor a rabeta e tudo melhorou. A produção, que antes era de 75 mil quilos por mês, hoje é de 175 toneladas”, conta Valdenize. É nesse tipo de resultado que o gerente executivo do Pará Rural, Frederico Aníbal, aposta para todos os outros 60 projetos financiados pelo programa, desde 2013.

São atividades de apicultura, agricultura, pesca artesanal, avicultura de galinha caipira, piscicultura, hortigranjeiros e iniciativas de manipulação de raízes e ervas, que têm gerado renda, movimentado a economia local e melhorado a qualidade de vida de 8,9 mil pessoas direta e indiretamente.

“Os 61 projetos apoiados hoje no Pará Rural estão implementados em 36 municípios de todas as regiões do Estado. Um investimento total de US$ 39 milhões, entre recursos do governo do Estado e do Banco Mundial (Bird), grande parceiro nessa iniciativa. Estamos no momento em que todos esses projetos estão a um passo da produção plena”, explica Frederico Aníbal. Desde o início do mês, a gerência executiva do Pará Rural iniciou as negociações para conseguir um novo aporte junto ao Bird e iniciar, assim, a segunda etapa de financiamento de projetos.

O critério para ser favorecido pelo programa é a sustentabilidade. Quanto maior for a capacidade do projeto em usar recursos naturais de forma consciente, gerar emprego e movimentar a economia local, maior serão as chances de garantir o financiamento para implementação ou expansão das atividades. “A própria área territorial e a vocação rural do Estado pedem uma ampliação do programa”, complementa Aníbal.

O programa funciona em parceria com outros órgãos do Estado ligados ao desenvolvimento e aprimoramento de ações sustentáveis, sobretudo atividades desenvolvidas por associações, cooperativas e famílias que atuam na chamada agricultura familiar. Entre essas instituições, estão o Instituto de Terras do Pará (Iterpa), as secretarias de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) e o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor).

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