Abacaxi garante produção de mulheres indígenas de Paragominas
Mulheres indígenas da aldeia Cajueiro, em Paragominas, nordeste paraense, estão produzindo polpas, geleias, bolo, pudim, pães, sucos, xaropes, cocadas, creme e gelatina, tendo como base o abacaxi, como forma de diversificação da produção e também como garantia da segurança alimentar através do aproveitamento integral do fruto.
A utilização da polpa, casca e resíduos do abacaxi (da variedade pérola) é resultante do trabalho de capacitação realizado pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater). Por meio da oficina de “produção de alimentos artesanais”, 16 mulheres aprenderam a usar integralmente o abacaxi em receitas variadas, de fácil confecção e de valor nutricional expressivo.
“Inicialmente houve participação dos homens da aldeia, que reunidos realizaram as etapas de colheita e o transporte dos frutos, e na sequência, as dezesseis participantes receberam orientação para a seleção, por tamanho e coloração. Depois realizaram a lavagem e secagem dos frutos, passando em seguida para o corte das coroas, deixando um “talo” de aproximadamente dois centímetros, para evitar a entrada de patógenos”, explicou a auxiliar administrativa do escritório da Emater, em Paragominas, Ingrid Maria Lima Leão.
As mulheres também aprenderam a produzir receitas com outros materiais (leite, goiaba e mandioca) como bolos de mandioca, tapiocas coloridas com sabores de beterraba e cenoura, iogurte de entrecasca da macaxeira, doces, sucos, compotas, geleias, gelatinas e xaropes de goiaba e queijo e requeijão cremoso.