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Ministra da Agricultura admite que portos paraenses são a melhor saída para produtos brasileiros

Por Redação - Agência PA (SECOM)
09/07/2015 12h12

Os portos paraenses Belém e Vila do Conde foram citados pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, em conversa com empresários japoneses. Em viagem oficial a Tóquio, a ministra Kátia Abreu afirmou, no último dia 6, que o Brasil tem o desafio de escoar a produção agropecuária pela Região Norte. Ela apresentou o potencial de investimento em obras de infraestrutura no país durante seminário com empresários japoneses na Confederação das Indústrias do Japão – Keidanren.

“O grande objetivo é escoarmos nossa produção pelos portos do Norte do país para chegar mais facilmente à Ásia e a Rotterdam. Cinquenta e seis por cento de toda a soja e milho do país já é produzida acima do paralelo 16, no chamado Arco Norte. Mas hoje, infelizmente, toda essa produção tem que ir de caminhão até os portos de Santos (SP) ou de Paranaguá (PR)”, disse Kátia Abreu a cerca de 40 empresários japoneses. “Nosso principal desafio é fazer o oposto: escoar nossos grãos pelos portos do Norte, como os de Belém, de Itaqui e de Vila do Conde, o que também vai ajudar a descongestionar o Sul e Sudeste, considerou a ministra. 

Kátia Abreu destacou o lançamento do Programa de Investimento em Logística, lançado no mês passado pelo governo federal. O plano prevê investimento de R$ 198,4 bilhões para modernizar aeroportos, rodovias, ferrovias e portos. De acordo com a ministra, o Brasil está “de portas abertas” para que empresas do Japão participem do programa de concessões. 

Melhorias

No dia 8 de junho, o governador Simão Jatene esteve com o ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, em audiência. No encontro, foram acertadas melhorias no acesso a portos paraenses, principalmente Vila do Conde, em Barcarena. O governador expôs ao ministro a importância de Vila do Conde para a economia não só do estado do Pará, mas de todo o Brasil.

"Estamos numa das esquinas geográficas mais importantes do mundo, no encontro entre o Rio Amazonas e o Oceano Atlântico, perto dos mercados consumidores da Europa, Ásia e Estados Unidos, e não podemos atrasar ou até mesmo parar o escoamento de produtos tão importantes, como grãos e minérios, por causa das más condições das estradas de acesso ao porto", disse Jatene ao ministro.

Os técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, DNIT confirmaram ao ministro que as estradas de acesso ao porto precisam de reparos, já que o tráfego de caminhões em direção ao porto superou as expectativas iniciais do projeto. O ministro pediu um prazo para verificar dotações orçamentárias para a recuperação, mas garantiu que vai incluir as obras entre as prioridades do Ministério.

Simão Jatene disse ao ministro que ao Pará não interessa ser apenas um "corredor de passagem" de transportes de grãos, mas, sim, um polo de desenvolvimento, com produção e escoamento e a extensão da rodovia é fundamental nesse processo. “Projetos precisam ser importantes não somente para a economia de um país, mas também para a vida e o dia a dia das pessoas”, concluiu o governador. O ministro pediu aos técnicos que analisassem o pedido e reestudassem o projeto para verificar a viabilidade e a concretização da ideia.