Frentes simultâneas vão acelerar reconstrução da Ponte Moju Cidade
Uma nova atualização do cronograma dos trabalhos de reconstrução da Ponte Moju Cidade, no complexo da Alça Viária, foi definida nesta segunda-feira, 13, durante uma reunião entre representantes do governo e da empresa responsável pela obra, na sede da Secretaria Estadual de Transportes (Setran), em Belém. Diferente do que se previa - devido à complexidade encontrada para retirada da estruturas danificadas - a expectativa é positiva, e a etapa de reconstrução deve ser totalmente concluída ainda no final deste ano. Para isto, frentes simultâneas de trabalho serão montadas neste semestre.
De acordo com o titular da Setran, Kléber Menezes, um novo ritmo será empreendido à obra graças ao bom comportamento estrutural da ponte, após a retirada das duas “línguas”, no início de julho. “Isso nos permitiu que mudássemos a metodologia de trabalho. Ao invés de avançarmos sequencialmente - ou seja, somente dando um novo passo após a conclusão dos remanescentes - agora vamos caminhar num ritmo diferente, que vai ao encontro do que desejam tanto o governo como a população, que é a conclusão do trabalho da forma mais breve possível, mas priorizando também a qualidade”, explicou.
Na avaliação do secretário, com a retirada total das duas estruturas pendentes e de todos os escombros submersos, agora tem início o “momento crítico” da obra, que é a reconstrução do pilar 14, que foi a estrutura atingida pela balsa, no ano passado. “Esse é o momento mais delicado porque aquele pilar ficou totalmente destruído e os escombros, inclusive, atrapalhavam muito o avanço dos trabalhos. Com a retirada das “línguas”, além de avançarmos nisso, também demos início à cravação das novas estacas de fundação desse novo pilar”, informou Kléber Menezes.
Das oito estacas submersas que servirão de base para a nova estrutura, cinco já foram fincadas. Os trabalhos foram iniciados ainda na semana passada, logo após a retirada das duas partes de concreto que, desde o acidente, no final do ano passado, permaneciam penduradas. O processo até então tinha sido o mais complicado para a reconstrução da ponte e precisou de um equipamento específico, o A-Frame. A operação de engenharia foi inédita no Brasil. Agora, a previsão é de que toda a fundação do novo pilar seja concluída no início de agosto.
Travessia - Enquanto isso, para minimizar o tempo de espera e garantir uma travessia segura de veículos e pedestres, o governo do Estado disponibilizará uma nova embarcação específica para o traslado de pedestres, que funcionará 20h por dia. “Havia um grande número de pessoas que faziam a travessia pelas balsas sem serem os próprios passageiros dos veículos. E a Capitania dos Portos identificou que isso estava comprometendo a segurança. A nova embarcação, então, é específica para essas pessoas, mas as três balsas continuam”, garantiu Kléber Menezes.
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