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PRÊMIO NACIONAL DO TURISMO 2025

Trilha Amazônia Atlântica consolida o Pará no mapa do ecoturismo brasileiro

Com quase 460 quilômetros de extensão, trilha conquista o 2º lugar no evento e o título de maior percurso sinalizado da América Latina

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
09/12/2025 13h11

A Trilha Amazônia Atlântica conquistou, nos últimos dias, o segundo lugar no Prêmio Nacional de Turismo 2025, na categoria "Trilhas de Longo Curso como Vetores de Desenvolvimento Turístico”. O percurso ecológico é uma iniciativa da Rede Brasileira de Trilhas, apoiada pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) e pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), e foi celebrado como um dos mais relevantes do país na promoção do ecoturismo, da conservação e da cidadania ambiental.

Presidente da Rede Brasileira de Trilhas e gerente da Região Administrativa de Belém do Ideflor-Bio, Júlio Meyer

O reconhecimento foi recebido com entusiasmo pelo presidente da Rede Brasileira de Trilhas e gerente da Região Administrativa de Belém do Ideflor-Bio, Júlio Meyer. Ele destacou que o prêmio simboliza o esforço conjunto entre sociedade civil, governos e iniciativa privada na construção de uma rota sustentável e inclusiva. “A premiação é um reconhecimento importantíssimo para uma iniciativa que nasce de uma rede de parcerias incrível e que competiu com trilhas de grande destaque em todo o território nacional”, afirmou.

Meyer também ressaltou que 2025 marcou a primeira vez em que trilhas de longo curso foram incluídas na premiação nacional, o que reforça a maturidade do setor e o avanço das políticas públicas voltadas ao turismo sustentável. Para ele, o destaque conquistado amplia o protagonismo do Pará na agenda do ecoturismo. “A Trilha Amazônia Atlântica fortalece o papel do Estado no cenário brasileiro, fazendo com que o Pará seja reconhecido com o posicionamento que merece”, completou.

Referência - A rota, que se tornou uma das principais referências ambientais apresentadas na COP30, em Belém, ganhou atenção mundial ao ser oficialmente lançada diante de pesquisadores, autoridades, ambientalistas e visitantes internacionais. Com quase 460 quilômetros de extensão, ela recebeu, no último dia 14 de novembro, o título de maior percurso sinalizado da América Latina, resultado de anos de trabalho colaborativo entre comunidades tradicionais, voluntários, órgãos públicos e instituições parceiras.

A construção da trilha contou com a participação decisiva do Ideflor-Bio, responsável pela maior parte da sinalização — etapa essencial para garantir segurança a caminhantes e ciclistas e assegurar respeito à fauna e à paisagem. O projeto integra a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade (RedeTrilhas) e prevê atrair, já no primeiro ano, mais de dez mil visitantes. Ao longo do trajeto, sete unidades de conservação são atravessadas, entre elas o Parque Estadual do Utinga e o Refúgio de Vida Silvestre Metrópole da Amazônia, além de seis territórios quilombolas que oferecem cultura, hospitalidade e modos de vida preservados.

Atrativos - A Amazônia que se revela no caminho vai além das florestas. A trilha atravessa municípios que conectam Belém a Viseu — passando por Ananindeua, Castanhal, Santa Izabel do Pará, Capanema, Bragança e muitos outros. Cada trecho apresenta um mosaico de paisagens naturais e modos de vida, permitindo experiências autênticas com artesãs, agricultores familiares, cozinheiras tradicionais e jovens empreendedores que encontram no ecoturismo novas oportunidades de renda e valorização cultural.

Para o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, a conquista representa um marco histórico que consolida o papel do Pará no desenvolvimento de rotas sustentáveis. “Depois de cinco anos, inauguramos durante a COP30 a Trilha Amazônia Atlântica. Ela envolveu população, municípios, Governo Estadual e Governo Federal. Participamos da capacitação e da montagem da maior parte da sinalização, fundamental para os usuários. É uma trilha que preserva a ecologia, apoia a população local e também é peregrina: leva romeiros de Bragança a Belém no Círio de Nazaré e retorna para a festa de São Benedito. É completa e nos enche de felicidade”, celebrou.

Somando inovação ao esforço comunitário e ambiental, a plataforma digital eTrilhas, selecionada pelo EmbraturLAB, passou a integrar o projeto como ferramenta de apoio aos viajantes. Pelo aplicativo, será possível localizar hospedagens, restaurantes, serviços e empreendedores ao longo do percurso. O acesso será facilitado por QR Codes instalados nos estabelecimentos parceiros, estimulando a circulação de renda, fortalecendo negócios locais e garantindo uma experiência ainda mais conectada e transparente para quem embarcar nessa jornada pela Amazônia paraense.

Texto em colaboração com Sinval Farias (Ascom/Ideflor-Bio)