PCT Guamá estimula agricultura sustentável e segurança alimentar com oficina de compostagem e horta orgânica
A iniciativa, iniciada neste sábado (29), faz parte de um conjunto de ações que visa aproximar as comunidades do entorno do Parque das atividades desenvolvidas na instituição
O Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá abriu as portas, neste sábado (29), para receber a comunidade no primeiro dia de oficinas gratuitas de compostagem e horta orgânica. A iniciativa visa estimular a criação de hortas sustentáveis na região urbana de Belém, contribuindo para uma alimentação saudável e segurança alimentar, além de aproximar as comunidades locais da instituição.
Dona Izabela Santos é vizinha do Parque e soube da iniciativa a partir de uma busca ativa realizada por funcionários da instituição. “Eu fiquei sabendo do curso porque eles foram visitar de casa em casa, né? Chamando as pessoas da área pra participar. E eu me interessei muito”, contou a costureira de 62 anos, que há algum tempo tenta manter uma pequena horta no quintal de casa.
“Eu planto várias coisas que eu posso usar na comida. Eu tenho hortelã, menta, manjericão, alecrim e tomate. Essas coisas eu planto. Cebolinha, cheiro-verde. Por exemplo, nunca ‘vingou’ o meu cheiro-verde, eu não entendo por quê. Aí, quando ele chegou lá falando sobre essas coisas, eu me interessei e vim pra saber como eu posso cuidar das minhas plantas”, relatou a idosa.
Quem também reservou o sábado para aprender um pouco mais sobre como cuidar das plantas em casa foi Dona Jonice Gomes. Moradora do bairro da Pedreira, em Belém, a aposentada viu na atividade uma possibilidade de criar sua primeira horta aos 62 anos. “Eu preciso ter conhecimentos, né? Porque eu não entendo muito assim de horta, de compostagem, e ainda não tenho a minha horta em casa, mas futuramente eu quero ter, porque eu gosto de plantar alguns medicamentos”, frisou.
Ensino, pesquisa e extensão
A atividade deste sábado faz parte de um conjunto de ações promovidas pelo Parque de Ciência e Tecnologia, a partir da Fundação Guamá, gestora da instituição, para alcançar outros atores sociais além daqueles diretamente ligados ao seu ecossistema. “Nós precisamos que a comunidade do entorno, a sociedade de maneira geral, realmente entenda o que é que funciona aqui dentro. Ao contrário do que muita gente imagina, o Parque não é só para empresários, pesquisadores. É para a sociedade, é pra vocês”, afirma o gerente de tecnologia e mercados da Fundação Guamá, Milkson Campelo.
Para a retomada do projeto, a instituição realizou uma busca ativa nas redondezas, além de divulgação massiva nas mídias sociais. “A mobilização se deu a partir de uma busca ativa, de casa em casa e mapeando os atores-chave dentro do território. A gente fez o processo comum de bater na porta, conversar, explicar, se aproximar da comunidade e desmistificar o conteúdo que seria abordado, além de visitar escolas e centros comunitários que já têm um histórico de atuação dentro da comunidade”, explica o assistente técnico da Fundação e coidealizador da ação, Eduardo Soares.
Pelas mídias digitais, a divulgação chegou até a escola Celso Malcher, onde estuda Alberto Soares, aluno do curso Técnico em Meio Ambiente. “A minha professora mandou no grupo da escola e eu decidi participar, porque além de gostar muito de plantas, eu queria enriquecer meu currículo”, lembrou.
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
A Fundação Guamá, gestora do Parque de Ciência e Tecnologia, deu início em 2025 ao seu Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), em observação à Lei 12.305/10, que trata do Plano Nacional de Resíduos Sólidos e traz as atividades de compostagem como uma proposta de solução.
De acordo com a engenheira ambiental e sanitarista Eline Santos, “a compostagem atua como a destinação ambientalmente adequada dos resíduos sólidos, que é um dos preceitos da Lei nº 12.305, de 2010, que também estabelece o PGRS. Assim, a atividade de hoje, sendo mostrada para o público, favorece o entendimento das pessoas e também o envolvimento da comunidade nessa prática e no atendimento dessa legislação”.
Texto: Ascom Fundação Guamá
