Hospitais regionais promovem Semana de acolhimento e bem-estar do trabalhador
Semana reforça cuidado com quem cuida e discute saúde mental e ambientes de trabalho seguros nas unidades regionais de de saúde do Estado
Em meio ao aumento das discussões sobre saúde mental e ambientes laborais seguros, cinco unidades de saúde do Governo do Pará iniciaram, nesta segunda-feira (24), uma semana de debates voltada ao bem-estar dos trabalhadores e à qualificação da assistência prestada à população. A programação ocorre simultaneamente em Belém, Marabá e Tucuruí e segue até a sexta-feira (28).
As atividades acontecem no Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), na Policlínica Metropolitana, em Belém; no Hospital Regional do Sudeste do Pará Dr. Geraldo Veloso (HRSP), na Policlínica/ Natea de Carajás, em Marabá; e na Policlínica/ Natea de Tucuruí, na região do Lago. Todas as unidades são gerenciadas pelo Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA).
Assistência
A iniciativa integra a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT), realizada anualmente com o objetivo de reforçar práticas de segurança, prevenção de riscos e valorização das equipes. Ao promover capacitação, diálogo e conscientização entre os profissionais, a semana também beneficia diretamente os usuários, garantindo um ambiente hospitalar mais seguro, humanizado e preparado para oferecer uma assistência de qualidade.
Ambientes de trabalho seguros resultam em equipes mais protegidas, atentas e emocionalmente equilibradas — fatores que refletem diretamente no cuidado ao paciente. Para a engenheira de segurança corporativa do ISSAA, Janaina Leal Tuji, os temas escolhidos para a SIPAT têm relação direta com a melhoria dos serviços de saúde.
“Os temas que escolhemos para esse calendário impactam de sobremaneira o atendimento dos nossos pacientes. Um ambiente seguro para o colaborador também é seguro para o usuário. E no setor de saúde, quanto mais o profissional é capacitado, melhor o paciente é atendido, resultando numa assistência assertiva e humanizada”, destacou Janaina Tuji.
Palestras
A programação inclui palestras sobre consequências do assédio moral e sexual, prevenção de acidentes, ética nas relações de trabalho, impacto da ergonomia e inteligência emocional como ferramenta para a saúde mental.
“O conceito de assédio moral exige uma avaliação técnica criteriosa”, destacou a médica do trabalho e psiquiatra, Gisele Araújo. “É importante observar a existência de elementos que sustentem a análise — como padrões de conduta, registros, evidências contextuais e recorrência das situações. Muitas vezes, episódios isolados ou percepções subjetivas podem sinalizar desconforto, mas precisam ser corretamente avaliados antes de qualquer conclusão, seus efeitos são significativos: ele desencadeia respostas fisiológicas e psíquicas importantes, como estresse, ansiedade, alterações do sono e impactos no desempenho profissional”, frisou a especialista.
Abertura
O evento foi aberto pelo presidente do ISSAA, Manuel Moreira, que reforçou o compromisso da instituição com a valorização das equipes.
“A SIPAT é uma oportunidade de renovarmos nosso compromisso com aqueles que sustentam diariamente o atendimento nas nossas unidades. Cuidar da saúde física e emocional dos nossos profissionais é fundamental para garantir serviços de qualidade, acolhedores e seguros. O ISSAA acredita no trabalhador e investe continuamente em ações de prevenção e bem-estar.”
Na abertura, o diretor administrativo do ISSAA, Rodrigo Moreira, também destacou a importância da integração entre as unidades.
“Estamos fortalecendo uma cultura institucional baseada na segurança, no diálogo e no respeito. Ter três grandes unidades participando simultaneamente dessa programação demonstra que caminhamos de forma alinhada e comprometida. A SIPAT não é apenas um calendário obrigatório — é uma ferramenta estratégica para melhorar processos, relações e resultados.”
Saúde Mental no Trabalho
Neste ano, o eixo da SIPAT é Saúde Mental no Trabalho, com foco na importância de identificar sinais de adoecimento, criar espaços de escuta e acolhimento, além de promover relações profissionais saudáveis. Para as unidades de saúde, discutir saúde mental não é mais opcional no setor: é uma necessidade que impacta diretamente eficiência, produtividade e qualidade de vida.
A programação segue ao longo da semana com palestras diárias, ações educativas e rodas de conversa envolvendo centenas de profissionais das três regiões do Estado.
