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Pará discute cadeia produtiva, inovação e mercado global do cacau na COP 30

Diretor da Secretaria Estadual de Agricultura Familiar do Pará, Anderson Serra, defende expansão da cacauicultura em bases sustentáveis de agrofloresta

Por Governo do Pará (SECOM)
21/11/2025 11h49

A produção do ‘Cacau amazônico: inovação, conservação e mercado global’ foi tema de um painel que reuniu representantes de órgãos ligados à agricultura do Pará, Acre e Amapá, no estande do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém, na quinta-feira (20).

O diretor de Comunidades Tradicionais e Comercialização da Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf), Anderson Serra, representou o Pará na discussão e destacou que o estado já tem cerca de 150 fábricas de chocolate da agricultura familiar e que muitas famílias descobriram como produzir amêndoas de alta qualidade, inclusive, algumas já são reconhecidas, com prêmios nacionais e internacionais.

Anderson frisou iniciativas paraenses que devem servir de inspiração e ampliadas, por serem boas experiências de sistemas agroflorestais que impactam além da questão econômica, com benefícios sociais e ambientais.

“Assim, a cacauicultura vai continuar colaborando com o incremento de renda, com paisagens mais diversificadas, com a recuperação de áreas degradadas, em agrofloresta, consolidando a conservação da biodiversidade e capturando carbono”, pontuou o diretor.

Legislação para proteger a lavoura
Marta Silva, coordenadora da Fundação Viver, Produzir e Preservar que atua no apoio a agricultores familiares na região da Transamazônica, também participou do painel e afirmou que a economia criativa tomou força e o cacau tem sido escolhido como estratégia de produção com muitas possibilidades.

“O cacau possibilita a economia circular, ele possibilita uma estratégia organizativa das pessoas que, para além do individual, é uma cultura que traz a interação com outras culturas”, disse Marta Silva. Ela defendeu o reconhecimento do cacau como economia circular e a proteção da lavoura pela legislação, em caso de perda total em situações de desastre.

Também participaram da discussão Marcelo Carin, pesquisador do Instituto de Pesquisas Científicas do Amapá (IEPA) e da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR); José Raul dos Santos Guimarães, da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac); e Marcos Rocha, chefe da Divisão de Produção Familiar e coordenador do Programa Estadual do Cacau da Secretaria de Agricultura do Acre, com o debate mediado pelo secretário Executivo do Consórcio Amazônia Legal (CAL), Marcello Brito.

Marcelo Carin, disse que o cacau tem nichos específicos espalhados pela Amazônia. “Nós adotamos isso como estratégia mercadológica. Nós temos cooperativas que estão funcionando”, comentou Carin, que ressaltou a importância do cacau para o PIB amazônico.

Maior produtor
O Pará é o maior produtor de cacau do Brasil e é referência mundial no cultivo em sistema agroflorestal (SAF). Medicilândia, no sudoeste do Estado, é o município com a maior produção de amêndoas de cacau do país.