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PECUÁRIA SUSTENTÁVEL
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Governo do Pará apresenta programa Pecuária Sustentável para Organização Mundial de Saúde Animal

A organização foi responsável por reconhecer o Pará como área livre de febre aftosa sem vacinação. A visita foi conduzida pela Adepará responsável por fazer a gestão e controle sanitário do rebanho paraense.

Por Nathalia Lima (ADEPARÁ)
18/11/2025 21h15

O Governo do Pará, por meio da Agência de Defesa Agropecuária (Adepará), recebeu a comitiva da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), nesta terça-feira (18), em Inhangapi, nordeste paraense. Durante a visita foi apresentado as ações de implementação do Programa Pecuária Sustentável e o Sistema de Rastreabilidade do Pará. A programação faz parte da agenda da organização durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30).

A visita de campo foi realizada na propriedade ‘Gato Preto’,  e contou com a participação de representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do Estado do Pará (SINDICARNE). A comitiva conheceu o processo de identificação individual de bovinos e bubalinos e o Sistema de Rastreabilidade Bovidea do Pará (SRBIPA), que já identificou mais de 300 mil animais, atendendo mais de 1.140 explorações agropecuárias em 80 municípios do estado. 

“A diretora-geral da Organização Mundial de Saúde Animal, doutora Emmanuele, pode acompanhar todo o processo e fases de identificação animal na propriedade. Essa imersão é muito importante pra gente da Adepará, pois nós conseguimos apresentar para o Brasil e o mundo as potencialidades da defesa e produção paraense” comenta o Diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo. 

Área livre de febre aftosa sem vacinação 

A OMSA é uma organização intergovernamental responsável por melhorar a saúde animal, além da segurança do alimento de origem animal em todo o mundo, independentemente das práticas culturais ou das situações econômicas nos países membros. Em maio deste ano, na França, a entidade foi responsável por conceder ao Pará o certificado internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação. 

Búfalo identificado com o Sistema de Rastreabilidade do Pará

“O sistema de rastreabilidade é muito importante para conseguir fazer a identificação de cada animal. Eu pude ver o compromisso do setor privado e setor público aqui no Pará. Eu fiquei muito feliz que o sistema de rastreabilidade tá sendo usado para combater e prevenir doenças. Isso é um progresso muito bom” afirmou a Diretora-geral da Organização Mundial de Saúde Animal, Emmanuelle Soubeyran. 

A propriedade “Gato preto” possui criação de búfalos para cria, recria e engorda e engorda bovinos utilizando apenas 1.300 hectares para pastos, de uma área de 3.300 hectares. Adotando boas práticas e manejo sustentável, há seis anos a propriedade iniciou o uso de tecnologia de identificação para auxiliar na gestão do rebanho. “A rastreabilidade animal já foi iniciada aqui na propriedade tem uns seis anos, na época foi implantada para auxiliar no manejo. Antigamente se tinha a cultura de criar um boi por hectare, hoje melhorou bastante a gestão com o uso dessa tecnologia. E agora com a rastreabilidade que a Adepará vem utilizando, isso vem para agregar valor e principalmente ajudar produtores que não tem acesso a esse tipo de tecnologia pra fazer a gestão dos animais” disse o gerente da propriedade, Adilson da Silva. 

Diretora-geral da Organização Mundial de Saúde Animal, Emmanuelle Soubeyran conhece o Sistema de Rastreabilidade do Pará


Visita a frigorífico da Mercúrio Alimentos

A comitiva finalizou sua programação com uma visita a um dos frigoríficos da Mercúrio Alimentos, em Castanhal. A unidade é dedicada ao abate e processamento de bovinos, desempenhando papel relevante na expansão produtiva da empresa e no fortalecimento das exportações de carne bovina do Pará. Segundo o presidente do SINDICARNE e diretor da Mercúrio alimentos, Daniel Freire, foi um momento de orgulho em demonstrar a excelência sanitária e produtiva sustentável do setor. 

“Pra nós produtores, indústria é uma honra poder mostrar e receber a Organização Mundial de Saúde Animal pra nós conseguimos mostrar que a nossa pecuária a gente só usa 15,5 % do nosso território, nós temos o segundo maior rebanho do Brasil, uma sanidade livre de febre aftosa sem vacinação. Isso significa que nós dominamos um vírus, então nós dominamos todos os problemas da cadeia. Mostrando toda a garantia de produção de carne certificada, isso mostra união entre os setores” afirma o pecuarista.