Sespa apoia o I Simpósio de Hepatologia da Região Norte
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) apoia o I Simpósio de Hepatologia da Região Norte, que ocorre na segunda (27) e terça-feira (28), no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, com recomendações da Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) para Hepatite B e Delta. Serão 75 palestrantes nacionais e oito internacionais. O público-alvo são os profissionais da área.
“O objetivo do encontro é levar conhecimento para a população sobre as novidades que foram incorporadas no diagnóstico e tratamento das doenças do fígado com ênfase na Hepatite B, cuja descoberta do vírus faz 50 anos, e da Hepatite C, descoberta há 25 anos. A partir deste mês o Ministério da Saúde oferta gratuitamente o tratamento, que atinge o índice de 90% de cura”, diz a coordenadora de DST/ Aids, Deborah Crespo. “São poucas doenças crônicas na medicina em que se consegue a cura, e a Hepatite C é uma delas”, acrescenta.
A atividade do simpósio estará dividida em dois auditórios, uma da área científica e outra multidisciplinar de profissionais de saúde, em que serão demonstradas as experiências exitosas do diagnóstico ao tratamento da sífilis, HIV e hepatites virais. No primeiro dia haverá um representante de cada capital do país para falar sobre a situação do seu Estado, e no segundo dia secretários de saúde de cada município também darão o diagnóstico local.
“A Sespa ofereceu inscrição gratuita para diversos profissionais do interior e da capital. Uma equipe de profissionais da secretaria também estará no local fazendo o teste rápido para o diagnóstico das hepatites B e C e HIV. No local haverá entrega de materiais educativos e preservativos”, informa Deborah Crespo.
Registros – Entre 2007 e 2014 foram confirmados no Pará 2.211 casos do tipo B e outras 871 ocorrências da forma C. Só no ano passado, surgiram 242 casos de Hepatite B, e 91 do tipo C. De janeiro deste ano até o momento já foram diagnosticados 304 pessoas com hepatites, das quais 148 com o tipo A; 103 com o vírus B e outras 53 para a tipagem C. Os números já incluem o quantitativo de pessoas diagnosticas no período da campanha “Julho Amarelo”, lançada pela Sespa em 22 de maio deste ano.
A estimativa do Ministério da Saúde é que no Brasil 800 mil pessoas estejam infectadas pelo vírus B e 1,5 milhão tenham Hepatite C. Da infecção até a fase da cirrose hepática, pode levar de 20 a 30 anos, em média, sem nenhum sintoma. Segundo o novo boletim epidemiológico do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, em dezembro de 2014, com dados parciais e nacionais até junho de 2014, atualmente cerca de 734 mil pessoas vivem com HIV e Aids no país. Desde os anos 1980, foram notificados 757 mil casos de Aids no Brasil.
No Pará foram registrados cerca de 18 mil casos nesse mesmo período. A epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos a cada 100 mil habitantes, em 2013. No Estado, a taxa é de 23,2 casos a cada 100 mil habitantes.
O I Simpósio de Hepatologia da Região Norte terá representantes de outros países, como França, Inglaterra e Argentina. O secretário de Saúde Pública, Vítor Mateus, e o reitor da Universidade do Estado do Pará (Uepa), Juarez Quaresma, entre outras autoridades, participam da abertura.
