Teatro Waldemar Henrique recebe oficina sobre letramento indígena no contexto da Amazônia
Atividade integra a programação da Central da COP, iniciativa do Observatório do Clima, que oferece eventos gratuitos até 21 de novembro, no teatro
O Teatro Waldemar Henrique, em Belém, recebeu na tarde desta quarta-feira (12), a oficina “Letramento indígena no contexto da Amazônia: saberes ancestrais originários e a preservação da natureza”. Ministrada por Aiyra Amana Tupinambá, a atividade abordou temas como oralidade, grafismos e narrativas ancestrais, com o objetivo de valorizar as vozes dos povos originários e sua relação com a floresta amazônica.
Durante a oficina, Aiyra destacou a relevância de criar espaços de diálogo e escuta entre diferentes culturas. “Eventos como este são de importância ímpar para os povos indígenas, pois permitem que a gente dialogue dentro da nossa cultura ancestral. Falar de letramento com a sociedade não indígena é também uma forma de encontro - de reencontrar parentes, de acolher quem busca compreender suas origens ou quem deseja se aproximar da cultura dos povos originários. Quando temos essa oportunidade de fala, também damos voz aos que vieram antes de nós e não tiveram essa chance”, afirmou Aiyra Tupinambá.
Entre os participantes, estava a diplomata Sanny Araújo, que está em Belém para atividades relacionadas à COP30 e decidiu participar da oficina por indicação de amigos. Ela ressaltou o impacto emocional e cultural da experiência. “Fiquei impressionada com a pluralidade do encontro, com a forma aberta e acolhedora com que os povos tratam uns aos outros. Quando eles nos chamam de ‘parente’, isso toca profundamente - é um gesto que faz a gente se sentir parte de um mesmo povo, mesmo na diversidade. Saio daqui com vontade de voltar outras vezes”, contou.
A oficina faz parte da programação da Central da COP, iniciativa do Observatório do Clima que busca aproximar a sociedade das discussões sobre as mudanças climáticas durante a COP30. Até o dia 21 de novembro, o Teatro Waldemar Henrique sediará uma série de atividades gratuitas, incluindo oficinas, apresentações culturais e debates sobre meio ambiente e sustentabilidade. A programação completa pode ser acessada aqui.
Sobre a Central da COP
Criada pelo Observatório do Clima, a Central da COP nasceu em 2024 com o objetivo de democratizar o acesso às informações sobre a conferência do clima. O projeto começou como um portal com linguagem inspirada no futebol, oferecendo notícias e colunas sobre o tema. Em 2025, a iniciativa se expandiu para ações presenciais, incluindo eventos, distribuição de materiais educativos, programas de debate e a campanha “Estação Central da COP”, que levou cerca de 2 mil caixas com conteúdos informativos a comunidades de todo o País.
As atividades realizadas durante a COP30 marcam o encerramento deste ciclo. Sobre o Observatório do Clima Fundado em 2002, o Observatório do Clima (OC) é a principal rede da sociedade civil brasileira dedicada à agenda climática. Reúne 161 organizações, entre ONGs, institutos de pesquisa e movimentos sociais, com o objetivo de contribuir para um Brasil descarbonizado, justo e sustentável. Desde 2013, o OC publica o SEEG, estimativa anual das emissões de gases de efeito estufa no País.
Serviço:
Central da COP
Onde: Teatro Waldemar Henrique e Instituto de Ciências das Artes (ICA/UFPA), localizados na Praça da República, Campina, Belém
Quando: até 21 de novembro
Entrada gratuita
Confira a programação completa aqui.
