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Ideflor-Bio destaca papel das Ciências Agrárias no enfrentamento às mudanças climáticas

O evento reúne estudantes, pesquisadores e profissionais da área, tendo como tema central 'Ciências Agrárias e Mudanças Climáticas na Amazônia Tocantina: Caminhos para uma Produção Sustentável'

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
21/10/2025 20h23

O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) participou, na segunda-feira (20), da abertura do IV Congresso de Agronomia da Amazônia Tocantina (IV Caat), realizado no Campus Universitário do Tocantins da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Cametá, nordeste paraense. O evento, que prossegue até quarta-feira (22), reúne estudantes, pesquisadores e profissionais da área no debate sobre “Ciências Agrárias e Mudanças Climáticas na Amazônia Tocantina: Caminhos para uma Produção Sustentável”.

Bruno Martinez destacou as políticas públicas

Representando o Ideflor-Bio, o engenheiro agrônomo e analista ambiental Bruno Martinez ministrou a palestra de abertura, abordando os desafios e as oportunidades das Ciências Agrárias diante das mudanças climáticas na Amazônia. Em sua exposição, o analista destacou o papel estratégico do órgão na implementação de políticas públicas voltadas à conservação da biodiversidade e ao fortalecimento de práticas sustentáveis no campo.

O palestrante ressaltou a importância das unidades de conservação como instrumentos essenciais para a proteção dos recursos naturais e do ciclo hidrológico. Bruno Martinez  lembrou que a manutenção desses ecossistemas é vital para a regulação climática e a segurança hídrica da região, além de assegurar condições para uma agricultura adaptada aos novos cenários ambientais.

Justiça climática - Ele também enfatizou a atuação do Ideflor-Bio em projetos que beneficiam diretamente povos e comunidades tradicionais, reconhecidos como os mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas. Segundo ele, a valorização dos conhecimentos locais e a inclusão social são componentes fundamentais de uma transição ecológica justa e duradoura.

“As Ciências Agrárias têm um papel decisivo na adaptação e mitigação das mudanças climáticas na Amazônia. Por meio das unidades de conservação, protegemos o ciclo das águas e garantimos a base ecológica da produção. Ao mesmo tempo, buscamos fortalecer os modos de vida de comunidades tradicionais e incentivar práticas produtivas sustentáveis, como os sistemas agroflorestais, que unem floresta, agricultura e resiliência climática”, enfatizou Bruno Martinez.

Ele abordou ainda a necessidade de adotar sistemas de cultivo resilientes, com destaque para os sistemas agroflorestais (SAFs), capazes de conciliar produção agrícola, recuperação de áreas degradadas e conservação da biodiversidade. “Esses modelos produtivos representam o futuro da agricultura na Amazônia, pois integram árvores, culturas agrícolas e conservação ambiental de forma harmônica e sustentável”, acrescentou o analista ambiental.