Fapespa debate sustentabilidade ambiental e estudos sobre Marajó e Amazônia Legal
Seminário reuniu gestores, pesquisadores e a sociedade civil organizada para abordagens dos desafios e das potencialidades das regiões em foco
Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
17/10/2025 13h30
Coordenadora de Estudos Territoriais da Fapespa, Maiara Cordeiro: "É conhecimento aplicado à realidade amazônica", disse.
A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas promoveu, na manhã desta sexta-feira (17), o Seminário de Sustentabilidade Ambiental, idealizado pela Diretoria de Pesquisas e Estudos Ambientais (DIPEA) da Fundação. O evento reuniu gestores, pesquisadores e sociedade civil, no auditório da sede da Fapespa, em Belém, para apresentar os estudos mais recentes desenvolvidos pela Coordenação de Estudos Territoriais (CET) da respectiva diretoria da Fapespa.
Durante o seminário, foram apresentados ao público o Boletim da Sustentabilidade da Ilha de Marajó e o Painel da Sustentabilidade da Amazônia Legal. Os materiais integram o projeto Atlas da Sustentabilidade e têm análises detalhadas sobre as condições ambientais e sociais desses territórios.
O boletim sobre a Ilha de Marajó foi o principal destaque, com suas informações sobre relevo, cobertura da terra, uso e ocupação do solo, além de dados populacionais e territoriais, oferecendo uma base científica para a formulação de políticas públicas e ações de conservação ambiental.
Marcel Botelho, diretor-presidente da Fundação: "As políticas públicas precisam considerar a ciência e a tecnologia".
“Esses estudos mostram alguns dados sobre o impacto que nós temos nas diferentes ações humanas na região. São 17 municípios na região de integração da Ilha do Marajó, e, quando você oferece dados como estamos oferecendo aqui para o poder público, ele tem um potencial fantástico de informação para tomada de decisão", afirmou Marcel Botelho, diretor-presidente da Fapespa.
Ele completou: "A decisão, a política pública, ela precisa levar em consideração a ciência e a tecnologia, e é isso que o Governo do Estado está fazendo através da Fapespa”.
Para o pesquisador da Fapespa, Elias Klerington, o estudo terá impacto para o conhecimento da própria sociedade e para futuros pesquisadores iniciarem suas pesquisas. “É uma pesquisa importante, (a partir dela) eu desenvolvi desde o meu mestrado, e a Fapespa está me dando a oportunidade de dar essa continuidade, agora no doutorado, para poder integrar todo esse aparato de pesquisa, em prol da sociedade e do Estado do Pará, para poder também trazer essas informações para as ilhas”, comenta.
Dir. de Pesquisas e Estudos da Fapespa, Luziane Cravo: "Seminário é um espaço de articulação entre ciência e gestão pública".
Durante o evento, o Painel da Sustentabilidade da Amazônia Legal apresentou os resultados do Barômetro da Sustentabilidade, metodologia que mede o nível de bem-estar humano e ecossistêmico nos nove estados que compõem a região. A pesquisa inclui, nesta edição, todo o Estado do Maranhão, ampliando a abrangência e permitindo uma leitura integrada dos desafios e potencialidades socioambientais amazônicos.
Durante a programação, a diretora de Pesquisas e Estudos Ambientais da Fapespa, Luziane Cravo, enfatizou a importância do seminário como espaço de articulação entre ciência e gestão pública. “O empenho em realizar esse seminário e apresentar esses produtos à sociedade e aos gestores tem como objetivo fornecer informações que possam orientar decisões nos municípios”, afirmou.
Para a coordenadora de Estudos Territoriais da Fapespa, Maiara Cordeiro, a iniciativa reafirma o papel da Fapespa na produção de conhecimento aplicado à realidade amazônica. “É uma contribuição concreta para fortalecer a integração entre pesquisa, planejamento e políticas públicas na região”, completou.
Atlas da Sustentabilidade
O Atlas da Sustentabilidade chega à quinta edição com uma trajetória de sistematização e divulgação de informações estratégicas sobre o território paraense. Ele foi produzido por uma equipe multidisciplinar da CET/DIPEA, que já mapeou áreas como a Ilha de Cotijuba, Mosqueiro, Caratateua, Combu, Ilhas das Onças, entre outras localizadas no entorno de Belém.
“Esses produtos estão disponíveis na plataforma digital da Fapespa, com fácil acesso para participantes do seminário, gestores municipais e, também, para quem virá a Belém. Assim, oferecemos referências confiáveis para quem deseja conhecer melhor essas regiões, inclusive com segurança para realizar visitas técnicas ou turísticas”, reforçou Luziane Cravo.
Os estudos estão disponíveis no site da Fapespa, acesse aqui.
Texto de Beatriz Rodrigues, estagiária, sob a supervisão de Manuela Oliveira / Ascom Fapespa.