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Jovem de Futuro prioriza gestão por resultados

Por Redação - Agência PA (SECOM)
04/08/2015 16h53

O envolvimento direto da comunidade escolar em ações práticas no dia a dia das escolas mediante planejamento e monitoramento de atividades, possibilitando a estudantes atuar no fortalecimento da escola, inclusive, convencendo outros jovens a não abandonar os estudos. Essa é a proposta de gestão escolar para resultados que começou a ser debatida nesta terça-feira, 4, por gestores, coordenadores pedagógicos e supervisores de escolas de Belém e Ananindeua em um curso do Projeto Jovem de Futuro, a cargo da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e do Instituto Unibanco, no Hotel Sagres, em Belém. A capacitação prosseguirá até esta quarta-feira, dia 5.

Ainda nesta semana, serão capacitados profissionais de Educação em Marabá e Santarém. Ao todo, serão 200 técnicos aptos para disseminar concepções e metodologias nas comunidades escolares, como estratégia para dinamizar a relação ensino-aprendizagem nas unidades escolares. O curso “Gestão Escolar para Resultados: Módulo Planejamento”, como destaca a diretora de Ensino Médio e Educação Profissionalizante da Seduc, Clara Yunes, é trabalhado em 33 escolas de controle do Jovem de Futuro (escolas que recebem as metodologias e ações do programa ao longo do ano), englobando diretor e um especialista em Educação de cada escola, para que se possa fortalecer as práticas pedagógicas.

“A prática na escola é se trabalhar o IDEB (Instituto de Desenvolvimento da Educação Básica), o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), as metas, o planejamento como monitoramento das ações dessa equipe que está no chão da escola; sem o planejamento, a partir de diagnóstico e debates, e o monitoramento do que ocorre na escola, a educação não avança”, ressaltou Clara Yunes, ao lado da coordenadora do Projeto Jovem de Futuro - Pará, Michely Alves.

As atividades do curso em Belém foram coordenadas pelas facilitadoras do Instituto Unibanco, Rosane Fonseca e Carolina Dysman. O diretor da Escola Deodoro de Mendonça, Humberto Farias, destacou que “os temas abordados aqui, no curso, são estruturais para a gestão de uma escola, porque a inovação é um componente indispensável nesse processo”. Para o gestor Inácio Obadia, da Escola Justo Chermont, “é importante a participação dos gestores e técnicos das escolas de bairros periféricos da Grande Belém, porque a maior parte dos problemas, desafios encontra-se na periferia”.

Participação - A gestão escolar é um dos fatores determinantes da melhoria do aprendizado e também influencia fatores estruturais na educação, como ressaltou a gerente de Implementação de Projetos do Instituto Unibano, Maria Júlia Azevedo Gouveia. “Nós precisamos nas escolas ter um plano estratégico alinhado com uma meta, ou seja, planejar para se chegar a um lugar e não planejar para melhorar o passado. Temos uma prática de planejar olhando para o passado e consertando aquilo que achamos que não está bom, não deu certo. A ideia é planejar olhando para o futuro, para aquilo que se quer no futuro”, afirmou Maria Júlia.

Além de se ter a meta e o plano de ações, é fundamental saber se está no caminho certo para atingir a meta. “É preciso, então, monitorar as ações. Assim, a escola precisa ter uma meta alinhada com o IDEB, porque o IDEB permite que se olhe para o conjunto das escolas e se pensar que a questão não é a minha escola ir bem, mas os jovens paraenses aprendendo, terminando o Ensino Médio com o domínio de conhecimentos com que eles entendam a realidade e comecem a interferir nela”, afirmou.

Na gestão escolar, a comunidade elabora um plano de ações e ao mesmo tempo convoca o jovem a intensificar o seu aprendizado. “Há um conjunto de pessoas trabalhando em uma mesma direção”, observou Maria Júlia.  Neste processo, o jovem passa a ser um agente de mudanças, sob a ótica da metodologia Agente Jovem, desenvolvida pelo Unibanco. “Para a escola ser atraente para os jovens, é preciso a escola discutir com os jovens os seus interesses, ter projetos interdisciplinares que desdobrem ações na comunidade e organizar grupos de estudo com os jovens sendo seus monitores, entre outras ações”, afirmou Maria Júlia. O Jovem de Futuro está presente atualmente no Pará, Ceará, Piauí e no Espírito Santo, após ter passado por outros estados do Brasil.